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Ourém pede ao Governo manutenção dos meios para evitar reacendimentos

O presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, pediu hoje ao Governo a manutenção dos meios de combate no terreno, para evitar reacendimentos dos incêndios no concelho já considerados em resolução.

Ourém pede ao Governo manutenção dos meios para evitar reacendimentos
Notícias ao Minuto

12:11 - 13/07/22 por Lusa

País Incêndios

"Para já, [o que pedia] era que os meios que estão no local, hoje, que não sejam retirados, para evitar reacendimentos, porque o tempo vai aquecer até à tarde e não sei qual é a projeção do vento", afirmou à agência Lusa Luís Albuquerque, quando questionado sobre o que gostaria de pedir ao Governo face aos fogos neste concelho do distrito de Santarém.

O autarca insistiu: "O que peço, neste momento, é que não retirem os meios que estão no terreno".

Os dois incêndios que lavravam no concelho de Ourém, em Espite e na Freixianda, distrito de Santarém, foram considerados em resolução hoje de madrugada.

O primeiro começou pelo meio-dia de terça-feira; o segundo iniciou na quinta-feira à tarde, tendo-se propagado a Alvaiázere (distrito de Leiria) e Ferreira do Zêzere (Santarém). Este último foi considerado em resolução na segunda-feira de manhã, mas tornou a reacender.

O presidente do Município de Ourém salientou que terça-feira foi um dia "muito complicado".

"Sentimo-nos impotentes para fazer alguma coisa perante o desespero das pessoas, por falta de meios. Liguei para quem de direito a pedir meios, meios que eram insuficientes. Sei que havia outros incêndios noutros locais, mas é desesperante", declarou.

Recordando "as pessoas a defender as suas casas, o fogo no quintal das casas e não havia forma" de ter "meios terrestres para procurar resolver a situação", Luís Albuquerque reconheceu que a situação "acalmou com o cair da noite", mas após chegarem ao concelho meios provenientes de Lisboa e do Alentejo.

O autarca reconheceu que hoje a situação está muito mais calma e, quanto a danos, são "98% a 99% em mato, pinhal e eucaliptal", sendo que também ardeu "uma primeira habitação e uma oficina", além de barracões e anexos de casas.

Mas notou, contudo, ser cedo para fazer balanços.

Quanto às pessoas retiradas na terça-feira de casas ou de lares, nos dois incêndios, Luís Albuquerque apontou cerca de 70 na Freixianda e mais 40 em Espite, frisando ser "completamente falso" que tenham sido retiradas 300 pessoas na Freixianda.

"Estes são os números reais", garantiu.

De acordo com o sítio na Internet da ANEPC, nestes dois incêndios estavam, pelas 11:45, no total, 655 operacionais apoiados por 211 viaturas e um meio aéreo.

O distrito de Santarém está hoje sob aviso vermelho devido à persistência de valores extremamente elevados da temperatura máxima, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Portugal continental entrou às 00:00 de segunda-feira em situação de contingência, que deverá terminar às 23:59 de sexta-feira, mas que poderá ser prolongada caso seja necessário.

A declaração da situação de contingência foi decidida devido às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, segundo disse, no sábado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

Leia Também: Incêndios. Mais de 130 militares apoiam combate, rescaldo e vigilância

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