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"Poderosíssimo" lobby das armas "pressiona para que não haja restrições"

Francisco Louçã recordou que, no ano passado, o governador do Texas "queixava-se de haver menos venda de armas" no seu estado "do que na Califórnia".

"Poderosíssimo" lobby das armas "pressiona para que não haja restrições"

Francisco Louçã comentou, esta sexta-feira, na SIC Notícias, o tiroteio ocorrido na escola primária de Uvalde, estado do Texas, nos Estados Unidos da América (EUA), que vitimou 19 crianças entre os 9 e os 10 anos e duas professoras, explicando que este foi o maior massacre numa escola americana desde 2012.

O antigo coordenador do Bloco de Esquerda defendeu que o "poderosíssimo" lobby das armas "impede ou pressiona para que não haja restrições" e salientou que, "na verdade, com o senado bloqueado, não são só os senadores republicanos que impedem que haja restrições de armas, alguns senadores democratas também o fazem".

Ao analisar um gráfico com as localizações por mortes com armas de fogo desde dia 1 de janeiro a 25 de maio, o economista destacou a Califórnia e esclareceu que se verifica um maior número de incidentes nas zonas mais povoadas e menos no interior. Frisou ainda que este problema tem sido "particularmente forte" nas escolas, contudo "é um problema geral", registando-se nos EUA 17 mil mortes, o ano passado, por armas de fogo, mais de 8 mil por assassinato.

Visto que este ano já houve 27 ataques nas escolas, 10 dos quais resultaram mortes de várias crianças, Francisco Louçã questionou o que sentirão os pais quando levam as crianças para uma escola nos Estados Unidos, sendo que "já houve tantos ataques como este e um ataque desta violência".

Ao analisar a posse de armas em percentagem da população, o antigo coordenador do Bloco reiterou que nos Estados Unidos "há 330 milhões habitantes e 400 milhões de armas de fogo", seguindo-se o Canadá com 35% e a a Suíça com quase 30%. Quanto aos homicídios por intensidade da população, comentou que nos EUA é 6 vezes maior do que no Canadá, dez vezes maior do que a França, a Suécia, a Suíça, a Itália.

Perante estes dados, Louçã afirmou que "nos Estados Unidos, não é só o problema da posse das armas gigantesco, 400 milhões, é a facilidade de as comprar", o que se verificou com Salvador Ramos - que tinha 18 anos e vivia no Texas - e "não precisou de licença de porte de arma", alteração legislativa feita o ano passado.

O economista comentou ainda as diversas reações em diferentes partes dos EUA e recordou que, no ano passado, o governador do Texas, Greg Abbott, "queixava-se de haver menos venda de armas" no seu estado "do que na Califórnia porque queria impulsionar" esses números.

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