Ainda não foi à praia? Aproveite, pelo menos, até sábado. Segundo as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os termómetros continuarão a registar valores acima do normal para a época até sábado, dia 14 maio, particularmente nas regiões do interior Norte e Centro e Alentejo.

Entre 4 e 10 de maio, o IPMA verificou temperaturas “muito superiores aos valores normais para este mês”, destacando os dias 8 e 10 de maio, que apresentaram “valores médios da temperatura máxima no continente superiores a 28°C”. Em causa estão mais 7°C “em relação ao valor médio mensal para maio”, ainda que os valores mais altos para este mês não tenham sido ultrapassados, avança o organismo, em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.

A onda de calor deve-se a “um anticiclone localizado a oeste do arquipélago dos Açores”, que se tem estendido “em crista para a Península Ibérica”, sendo que o dia 14 marcará “o valor médio mais alto no continente”. Contudo, nos dias 15 e 16 é esperada uma descida da temperatura, particularmente da máxima.

O IPMA refere ainda que, a 10 de maio, 40 estações meteorológicas “encontravam-se em onda de calor”, cuja duração variava entre seis a oito dias. As regiões do interior Norte, da região Centro, do vale do Tejo, e do Alentejo foram as mais afetadas, complementa a entidade, sublinhado que “maio é o mês com maior ocorrência de ondas de calor, em particular nas estações do interior”.

“A ocorrência de ondas de calor é um fenómeno que, podendo verificar-se em qualquer época do ano, é mais notório e por vezes com impactos adversos - por exemplo na saúde - nos meses de verão”, esclarece.

No que toca a temperatura mínima, a entidade diz ainda que se verificaram “valores inferiores ou próximos do normal nos primeiros dias do mês, registando-se uma subida a partir de dia 7 de maio, destacando-se os dias 9 e 10, com desvios superiores a 1.5°C”.

Nos últimos 10 anos, o IPMA salienta que se verificaram vários períodos prolongados de tempo quente durante o mês de maio, em particular nos de 2015, 2017, 2019 e 2020.

“No episódio mais recente, em maio de 2020 – de 17 a 31 –, verificou-se uma onda calor que foi considerada como uma das mais longas e com maior extensão territorial para o mês de maio. Nas estações de Montalegre, Bragança, Vila Real, Benavila, Mértola, e Lisboa foi mesmo a onda de calor com maior duração desde 1950”, aponta, ressalvando que, nas estações de Mirandela e Miranda do Douro, foi “igualado o maior número de dias em onda de calor anteriormente registado”.

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