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Setúbal é "caso isolado", diz presidente de associação que atua em Braga

O presidente da Associação Centro Social e Cultural Luso-Ucraniano afirmou hoje, durante uma audição parlamentar, que o que se passou em Setúbal com refugiados é "um caso isolado", mas revela "falta de bom senso e respeito".

Setúbal é "caso isolado", diz presidente de associação que atua em Braga
Notícias ao Minuto

18:41 - 10/05/22 por Lusa

País Ucrânia/Rússia

"A situação de Setúbal é uma situação isolada e revela falta de bom senso político e de respeito", afirmou Abraão Veloso, presidente da Ucrânia- Portugal- Europa- Associação Centro Social e Cultural Luso-Ucraniano, numa audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias a propósito do caso do acolhimento de refugiados da guerra na Ucrânia na Câmara de Setúbal, alegadamente, por apoiantes do regime russo.

O dirigente explicou que, desde que a associação foi criada em 2014, "foram alertados para pessoas infiltradas que, sendo ucranianas, pertenciam aos separatistas" e eram seguidores do regime de Putin.

"Para mim, era absolutamente impensável uma situação destas", sublinhou, acrescentando, contudo, que "não é uma situação que vai desgastar o acolhimento de ucranianos" em Portugal.

Para Abraão Veloso, organizações a favor do regime de Putin "têm todo o direito de existir, mas se têm uma influência russa muito forte não podem ser reconhecidas como interlocutoras" da comunidade ucraniana em Portugal.

Questionado pelos deputados, o presidente do Associação Centro Social e Cultural Luso-Ucraniano disse que a comunidade ucraniana "está bem integrada" no distrito de Braga, a ponto de várias entidades lhes pedirem colaboradores no atual contexto de acolhimento de refugiados do conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

"Temos falantes da língua ucraniana e isso é uma mais-valia, porque uma das principais barreiras para quem chega é a língua", explicou.

Em Braga, a associação trabalha em parceria com a sociedade civil e com os municípios, dos quais o de Braga dispõe de mediadores interculturais para facilitar o acolhimento de cidadãos ucranianos.

Leia Também: Sadokha diz que primeiro alerta sobre infiltrados pró-russos foi em 2011

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