"Um país que se torna independente depois de um processo complicado, é um país que tem uma transição democrática difícil, uma institucionalização democrática nada fácil e, depois, uma consolidação democrática demorada", afirmou.
Falando aos jornalistas em Fafe, à margem de uma conferência sobre os 48 anos do 25 de abril, para a qual foi convidado pelo município local, Eanes referiu que "o regime democrático de Timor-Leste está, como todos os regimes democráticos, a consolidar-se e a crescer com muitos problemas".
Quando foi chefe do Estado e depois de exercer aquelas funções, Ramalho Eanes defendeu a autodeterminação de Timor-Leste, numa altura em que aquele antigo território ultramarino português estava sob ocupação indonésia.
Ainda sobre o processo democrático daquele país, Eanes anotou que se trata de um "processo recente", que teve "grandes dificuldades", sendo normal que esteja "mais atrasado em relação aos países desenvolvidos".
Leia Também: Abril "valeu a pena" para portugueses "serem donos do seu destino"