Comunidade ucraniana do Grande Porto "muito preocupada" com invasão

Famílias ucranianas residentes no Grande Porto vão juntar-se hoje à noite, em Vila Nova de Gaia, para fazer "uma grande oração" pela Ucrânia, país que foi alvo de uma operação militar conduzida pela Rússia.

Ucrânia vai entrar em estado de emergência

© DANIEL LEAL/AFP via Getty Images

Lusa
24/02/2022 11:13 ‧ 24/02/2022 por Lusa

País

Rússia/Ucrânia

Em declarações à agência Lusa, Alyona Smertina, da Associação dos Ucranianos em Portugal, referiu que a iniciativa vai decorrer pelas 20:00 horas no Seminário Cristo Rei, em Gaia, onde a comunidade ucraniana do Grande Porto frequenta a Igreja Greco Católica Ucraniana.

"Vamos juntar-nos todos na nossa igreja e fazer uma grande oração pela Ucrânia", disse Alyona Smertina, que mora em Espinho, distrito de Aveiro, e está há 21 anos em Portugal.

Com família e amigos em Kiev, Alyona Smertina disse estar "muito preocupada" porque "o povo não pode fazer nada e agora ninguém pode sair do país".

A situação "é muito preocupante", disse, pedindo "à Europa, aos Estados Unidos, à Venezuela e à China ajuda".

"Não queremos que as pessoas morram lá", afirmou.

Alyona Smertina contou à Lusa que acordou esta noite às 04:00 (06:00 na Ucrânia), com um telefonema do pai.

"Meu pai disse: começou a guerra. Meu pai está velhinho, mas diz que pega na arma e vai defender a Ucrânia e eu, aqui, o que é que vou fazer? Estou sem sossego. Mas pedem-me para estar calma. Disseram-me para estar calma, para não entrar em pânico e pediram-me para rezar", referiu.

A Rússia lançou hoje uma operação militar na Ucrânia, que o Presidente Vladimir Putin disse visar proteger civis russos nos territórios de Donetsk e Lugansk, no leste ucraniano, cuja independência reconheceu na segunda-feira.

Depois do reconhecimento, Putin autorizou o exército russo a enviar uma força de "manutenção da paz" para Donetsk e Lugansk, referindo, na quarta-feira, que os líderes das autoproclamadas repúblicas separatistas pró-Rússia tinham pedido ajuda para "repelir a agressão" dos militares ucranianos.

O Ocidente acusa Moscovo de quebrar os Acordos de Minsk, assinados por Kiev e pelos separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk, sob a égide da Alemanha, França e Rússia.

Estes visavam encontrar uma solução para a guerra entre Kiev e os separatistas apoiados por Moscovo que começou em 2014, pouco depois de a Rússia ter anexado a península ucraniana da Crimeia.

Leia Também: Exército russo anuncia avanço territorial dos separatistas pró-russos

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