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Fingia ataques de orcas para introduzir haxixe de traficante português

Operação conjunta entre autoridades portuguesas e espanholas levou ao desmantelamento da rede de narcotráfico.

Notícias ao Minuto

14:40 - 10/02/22 por Notícias ao Minuto

País Espanha

Uma operação conjunta entre a Guardia Civil espanhola e a Polícia Judiciária levou ao desmantelamento de uma rede de narcotráfico que fingia avarias em veleiros ou ataques de orcas para introduzir haxixe de traficante português em Espanha. 

De acordo com um comunicado da Guardia Civil, no âmbito desta operação foram detidas duas pessoas, um espanhol e um português já com antecedentes criminais relacionados com droga, em El Puerto de Santa María, Cádiz. No seguimento da ação, foi ainda apreendido um total de 172 quilos de haxixe. 

Segundo explica a autoridade espanhola, o esquema passava por um dos detidos fazer "uma viagem marítima num veleiro para a costa marroquina, onde carregava a droga que escondia nas cabines para, uma vez de volta e em águas territoriais, solicitar assistência marítima após fingir uma avaria ou acidente".

Já em Espanha, a dupla transferia a droga em pequenos lotes para uma sala de armazenamento, uma espécie de 'berçário' onde ficava a droga até ser transportada para fora do país. 

A investigação, explica o comunicado, começou no verão de 2021 "quando os agentes detetaram um veleiro e vários indivíduos, com histórico de tráfico de drogas, em movimentos suspeitos, compatíveis com atividades relacionadas ao tráfico de drogas". 

Em junho de 2021, o principal suspeito, e proprietário da embarcação, atracou no Puerto Deportivo de Barbate, após ter sofrido um alegado ataque de orcas ao cruzar o Estreito de Gibraltar. "O incidente provocou uma mudança no barco utilizado, não conseguindo, no entanto, afastar o foco da investigação a que estava a ser submetido", acrescenta a autoridade. 

Ao longo da investigação, foi possível apurar que existiam "deslocações habituais do principal suspeito para Lisboa", o que levou ao contacto das autoridades espanholas com a Polícia Judiciária portuguesa e posterior colaboração.

Foi, por isso, estabelecido um dispositivo "composto por agentes da Polícia Nacional, da Guarda Civil e da Agência Tributária, que permitiu detetar um encontro entre o suspeito espanhol e um cidadão português". O cidadão português foi identificado pela Polícia Judiciária pelos inúmeros registos relacionados com o tráfico de droga e posse ilegal de armas.

"Os investigadores conseguiram documentar vários encontros que permitiram atribuir ao cidadão português o papel de proprietário da droga e pessoa que financiou todas as operações" desde trazê-la de Marrocos à venda da mesma.

Já o espanhol era o proprietário do veleiro que navegou em águas internacionais para Marrocos onde foi carregada a droga, regressando à sua base numa marina da zona em Espanha.

O 'berçário' e o material apreendido

Os indivíduos colocavam a droga no armazém que servia de 'berçário' para depois transportar novamente a droga em lotes pequenos.

Foram efetuados os mandados de busca, o que permitiu a apreensão de 160 pacotes de haxixe, num total de 172 quilos, mais de 63 mil euros em dinheiro escondidos num cofre, telemóveis, uma viatura e um computador portátil. 

Havia ainda inúmeros documentos que comprovam a existência destas operações ilícitas desde 2016, com um plano concebido expressamente para introduzir a droga na Europa através da utilização de veleiros.

Veja as imagens na galeria acima. 

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