Razões partidárias "não pesaram minimamente" na data das eleições

Marcelo Rebelo de Sousa acredita que os portugueses compreenderam a escolha de 30 de janeiro para as legislativas e garante que se guiou apenas pelo "interesse nacional".

marcelo rebelo de sousa

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Tomásia Sousa
05/11/2021 17:18 ‧ 05/11/2021 por Tomásia Sousa

Política

Presidente da República

O Presidente da República garante que não foi sensível a razões partidárias na escolha da data para as eleições legislativas. Marcelo Rebelo de Sousa garantiu ainda, esta sexta-feira, que a decisão de dissolver o Parlamento não foi a mais difícil enquanto chefe do Estado, mas sim a declaração do Estado de Emergência.

"Não pesou minimamente isso, pesou a circunstância de que tinha de ser rápido", assegurou aos jornalistas, à margem do 3.º Encontro Nacional de Cuidadores Informais, em Évora. "Em janeiro, a tempo de haver campanha - que são duas semanas - e os debates, participando o maior número de forças concorrentes, num tempo que não fosse em cima do ano novo."

O Presidente da República não quis comentar as críticas à escolha do dia 30 de janeiro para a ida às urnas e sublinhou que "foi eleito para pensar no interesse nacional" e não "para pensar no interesse do partido a, b, c, d ou e". Ainda assim, o chefe do Estado considera que os portugueses compreenderam a decisão.

Marcelo Rebelo de Sousa justificou ainda a escolha com a conclusão de alguns trabalhos no Parlamento.

"É evidente que também tive a preocupação da Assembleia da República e do Governo  de fazer aprovar diplomas que consideravam fundamentais", explicou. "Existe todo um mês de trabalho, ou quase, para votar pacotes tão importantes como o pacote da corrupção, diretivas comunitárias urgentes, para votar diplomas fundamentais em matéria de medidas sociais pós pandemia."

Questionado sobre se a dissolução do Parlamento foi a decisão mais difícil que tomou enquanto, Marcelo foi peremptório: "Não, a mais difícil foi a declaração do Estado de Emergência".

Para o Presidente, essa "custou muito mais" e "implicou sacrifícios enormes para todos os portugueses".

"Dissoluções já houve sete, declaração do Estado de Emergência não havia desde a vigência da democracia, para uma pandemia como esta, há um século", explicou.

Recorde-se que o Presidente da República anunciou na quinta-feira ao país que vai dissolver o Parlamento, decisão que propôs na quarta-feira ao Conselho de Estado e que obteve parecer favorável.

[Notícia atualizada às 18h07]

Leia Também: Presidente dissolve Parlamento e marca eleições para 30 de janeiro

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