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"Aristides de Sousa Mendes mudou a história de Portugal"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, presidiu esta terça-feira à cerimónia de concessão de honras de Panteão Nacional a Aristides de Sousa Mendes, celebrando o antigo cônsul-geral como um português que "mudou a história de Portugal e projetou Portugal no Mundo".

"Aristides de Sousa Mendes mudou a história de Portugal"
Notícias ao Minuto

11:59 - 19/10/21 por Anabela Sousa Dantas com Lusa

País Aristides de Sousa Mendes

"Aristides de Sousa Mendes mudou a história de Portugal e projetou Portugal no Mundo", disse esta terça-feira Marcelo Rebelo de Sousa, ao discursar na cerimónia de concessão de honras de Panteão Nacional a Aristides de Sousa Mendes, antigo cônsul em Bordéus que salvou milhares de judeus do regime nazi. O Presidente da República enumerava os dois traços que considera transversais aos homenageados no Panteão Nacional.

"Mudou a história de Portugal nesse momento trágico chamado genocídio, em plena Guerra Mundial, porque de genocídio se tratava já na perseguição de comunidades, que haveria de acabar em Holocausto", acrescentou o Chefe do Estado.

"Projetou Portugal no Universo, desde o reconhecimento a um dos 'justos entre as nações' em Jerusalém ao respeito e à veneração na Europa, nas Américas, na África, na Ásia, onde quer que haja descendentes dos descendentes daquelas e daqueles que ajudou a salvar", continuou.

"Aqui permanecerá até ao fim dos tempos, se os tempos tiverem fim", disse, ainda, Marcelo Rebelo de Sousa. "Portugal, curvando-se perante a sua personalidade moral, eternamente grato, hoje e para sempre o recorda e homenageia."

Ferro evocou Aristides, alertou para fenómenos de "recusa do outro"

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, evocou o "ilustre português" Aristides de Sousa Mendes, alertando para fenómenos atuais de ódio racial, homofobia, antissemitismo e "recusa do outro".

"Oito décadas passadas sobre os acontecimentos de Bordéus, é, porém, com sobressalto que, pela Europa e pelo mundo fora, se verifica que o registo histórico do sucedido pode não ter ficado suficientemente enraizado na memória coletiva das democracias que desde então foram emergindo", declarou.

Ferro Rodrigues lembrou, "a este propósito, o aumento evidente de fenómenos de antissemitismo, de ódio racial, de homofobia, de recusa do outro, por ser estrangeiro ou diferente", assim como "o recrudescimento de discursos negacionistas do Holocausto e das vidas das suas vítimas, cujo testemunho na primeira pessoa vai, por força da lei do tempo, começando a desaparecer".

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