"João Rendeiro portou-se como um verdadeiro patife"
Marques Mendes considera que a fuga à justiça do antigo banqueiro é "uma vergonha" e que faltou "prudência e competência" aos magistrados envolvidos no processo.
© Global Imagens
País João Rendeiro
A fuga de João Rendeiro à justiça portuguesa foi um dos temas que marcou a semana. No seu espaço de comentário na SIC Notícias, Luís Marques Mendes criticou o comportamento de Rendeiro e fez reparos à atuação do Ministério Público e dos magistrados.
“Acho isto tudo uma vergonha. É uma vergonha para o próprio e é uma vergonha para a justiça. Começando por João Rendeiro, acho que se portou como um verdadeiro patife. Porque uma pessoa que foge à justiça, é uma pessoa sem princípios, sem vergonha e sem carácter”, sublinhou Marques Mendes.
O comentador acrescentou ainda que Rendeiro “pode ser rico, pode ter muito dinheiro, pode ter muitos e bons advogados, pode ter sido apaparicado no passado pelas elites nacionais, mas é um patife”.
Depois, Marques Mendes fez críticas ao Ministério Público e aos magistrados judiciais que estiveram envolvidos.
“Em primeiro lugar, porque não foram prudentes. Ou seja, a primeira coisa que se exigia perante uma pessoa que cometeu vários crimes, que já tinha condenações, era no mínimo tirar-lhe o passaporte para impedir uma fuga. Depois, não foram competentes. Porque um bom procurador do Ministério Público e um bom juiz não é aquele que sabe muito de leis e de direito, é aquele que sabe muito da vida, que tem experiência de vida, que sabe como é a realidade humana. Estes magistrados e procuradores não perceberam isso. Não perceberam que um patife é sempre um patife, não perceberam a realidade social, a podridão humana. Não agiram com prudência e com competência”, vincou o antigo líder do PSD.
Marques Mendes lamentou ainda algumas das reações a este caso por parte de magistrados. “Para que isto ainda fosse pior, vi alguns magistrados a dizer que a culpa é dos políticos, que é preciso mudar as leis. Neste caso não se deve responsabilizar a legislação (…) Havia lei para se resolver isto. Bastava apreender o passaporte”, insistiu.
“Os magistrados em vez de assumirem os seus erros, em vez de serem homenzinhos, atiraram a culpa para os políticos”, referiu.
O comentador concluiu afirmando que “de João Rendeiro isto não me surpreende, mas da justiça sim”.
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