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Fenprof contra Ministério nos contratados ao fim de cinco anos

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) revelou-se hoje contra a proposta do Ministério da Educação de vinculação dos professores contratados aos quadros, ao fim de cinco anos, invocando as normas do Código do Trabalho.

Fenprof contra Ministério nos contratados ao fim de cinco anos
Notícias ao Minuto

21:56 - 05/03/14 por Lusa

País Código do Trabalho

Em comunicado, a Fenprof considera que a proposta "é mais negativa do que a que consta do Código do Trabalho, que, em regra, prevê que um contrato de trabalho não pode exceder três anos, incluindo renovações, nem ser renovado mais de duas vezes".

A nota foi divulgada depois de a Fenprof se ter reunido, numa primeira ronda negocial, com o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, sobre as propostas de alteração ao diploma que regula os concursos de seleção e recrutamento de pessoal docente.

Em cima da mesa está uma proposta, já anunciada pela tutela, que prevê a vinculação de professores aos quadros ao fim de cinco anos de serviço em horário completo e contratação sucessiva.

O ministro da Educação, Nuno Crato, anunciou em janeiro a intenção de promover alterações ao regime de concursos para dar mais estabilidade ao sistema.

Na terça-feira, no parlamento, afirmou que os professores contratados para o ensino público há alguns anos vão passar para os quadros do Ministério da Educação, se forem chamados no início do ano letivo de 2015/16.

Para a Fenprof, trata-se de "mais um inaceitável adiamento de uma obrigação que está em falta desde 2001".

Sobre os vencimentos propostos pela tutela, a Federação Nacional de Professores entende que "remunerar todos os contratados pelo índice correspondente ao escalão de ingresso na carreira mantém a desigualdade entre estes e os que já se encontram na carreira, e em escalão correspondente ao seu tempo de serviço".

A Fenprof manifestou-se, igualmente, contra concursos com periodicidades diferentes - o externo anual e o interno quadrienal - e a não realização de concurso intercalar no ano letivo em curso.

Na nota, a estrutura sindical, afeta à CGTP, contesta a intenção de a tutela "pretender impedir os docentes de ingressarem, através de concurso externo, em quadro de escola/agrupamento".

No comunicado, a Fenprof adianta que se comprometeu a apresentar, até terça-feira, contrapropostas, tendo ficado agendadas novas reuniões negociais a 17 e 20 de março, depois de o ministério propor uma segunda versão do novo diploma, na próxima quarta-feira.

Hoje, a Federação Nacional de Educação (FNE, afeta à UGT) defendeu, após uma reunião com o secretário de Estado João Casanova de Almeida, a entrada de professores nos quadros ao fim de três anos de serviço, mas considerou "um passo em frente" a proposta da tutela que preconiza os cinco anos.

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