O projeto será iniciado em "setembro de 2021 prolongando-se até dezembro de 2022 e propõe-se, nos 17 meses de execução, assegurar uma resposta protetiva de apoio para autonomia de vida junto de 20 jovens estrangeiros não acompanhados, nacionais de países terceiros", refere, em comunicado, a ALAD.
Segundo a associação de Castelo Branco, trata-se de jovens "deslocados à força dos seus países e das suas famílias por força de perseguições, conflitos armados, violência, violações dos Direitos Humanos ou de sérias perturbações da ordem pública".
A ALAD candidatou o projeto "Porta Aberta -- Promover a Autonomia" ao Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI), com o objetivo de agilizar e apoiar a autonomia e a plena integração destes jovens no nosso país, "por via da inclusão escolar e/ou profissional".
"É numa lógica de continuidade e especialização ao trabalho desenvolvido junto da comunidade migrante e refugiada que escolhem Castelo Branco para viver, que a Amato Lusitano -- Associação de Desenvolvimento se candidatou ao aviso 94 do FAMI", lê-se na nota.
O objetivo da candidatura agora aprovada, foi criar um projeto "que integrasse ações dirigidas a crianças e jovens nacionais de países terceiros, que se encontrem na qualidade de requerentes ou beneficiários de proteção internacional em Portugal, ao abrigo do Programa de Recolocação de Menores Estrangeiros Não Acompanhados (MENA)".
A associação sublinha ainda que o projeto "Porta Aberta" pretende catalisar as competências e potencialidades de cada beneficiário, "através de um plano de intervenção individualizado e prepará-los para a sua plena integração e autonomia, em Portugal".
Vai ainda apoiar estes jovens no reagrupamento familiar, "sempre que desejado pelo MENA".
"Sabe-se que as crianças e jovens que têm chegado ao nosso país, nos últimos meses, chegam dos campos de refugiados da Grécia, sendo a maior parte destes naturais do Afeganistão, Paquistão, Bangladeche e Gâmbia", avança a associação albicastrense.
É neste contexto, adianta, que o projeto "Porta Aberta", reconhecendo "a especial vulnerabilidade destas crianças e jovens" irá contribuir "para o acolhimento, proteção e promoção dos MENA no nosso país e em específico, no nosso território".
Ao longo de 24 anos de atividade, a ALAD, sublinha, tem assumido um papel preponderante para a concretização de respostas concertadas que visam combater os fatores de exclusão social, dos grupos mais vulneráveis do território, com múltiplas respostas sociais e concretamente, a criação do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes de Castelo Branco, desde 2004.