O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, garantiu, esta sexta-feira, em Quarteira, no Algarve, que ainda não está a ser colocada em cima da mesa a possibilidade de os profissionais de saúde terem de abdicar das suas férias de verão, pelo segundo ano consecutivo.

"Enquanto houver atividade assistencial normal programada, penso que não se devem mexer nas férias dos profissionais de saúde, portanto, devem-se manter as férias, mas é evidente que não conhecemos a evolução epidemiológica e é natural que se houver alguma alteração, aí poderemos ter de ponderar essa possibilidade", admitiu.

Por enquanto, mesmo no Algarve, onde essa hipótese foi já avançada, "neste momento", Lacerda Sales realçou que "esta questão ainda não se põe", porque Portugal "ainda está relativamente longe das linhas vermelhas".

"A política não deve interferir na ciência"

Ainda sobre o Algarve, questionado sobre a possibilidade de se tomarem medidas diferentes para a região, o governante vincou que "nós temos um único país" e que "há uma uniformidade nacional", baseada na matriz de risco para todo o território continental.

"Esta é a melhor forma de as pessoas perceberem que há esta unidade nacional e medidas em função da matriz de risco", sustentou, acrescentando que "a política não deve interferir na ciência, mas também não deve ficar refém das análises científicas".

"O primeiro-ministro é um cidadão exemplar"

Confrontado com o facto de mesmo as pessoas vacinadas terem de fazer testes e permanecerem em quarentena após um contacto de risco, Lacerda Sales recordou que, "independentemente da vacinação e da testagem, há sempre uma avaliação do risco de contacto próximo", aproveitando para tecer elogios a António Costa, que está a cumprir isolamento profilático após ter estado em contacto com o primeiro-ministro do Luxemburgo, que testou positivo à Covid-19, e com um elemento do gabinete do primeiro-ministro também infetado, isto apesar de já ter a vacinação completa há mais de 14 dias.

Ainda sobre a vacinação, o secretário de Estado disse que "temos condições para termos 70% de primeiras inoculações e 50% do esquema vacinal completo em agosto e 80% de primeiras inoculações e 60% de vacinação completa um mês depois".

Contratação de profissionais de saúde continua "em função das necessidades"

Já sobre a contratação de profissionais de saúde, o secretário de Estado garantiu que o Governo irá continuar a fazê-lo "em função daquilo que são as necessidades".

"Este Governo tem feito um esforço enorme no sentido de reforço dos recursos humanos", atirou, relembrado que há agora "mais 28 mil profissionais do que em 31 de abril de 2015".

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