Preço, pesquisa e erros: Os conselhos da PSP para evitar burlas

Entre erros gramaticais, não haver um contacto telefónico no anúncio e outros avisos, há vários pontos que deve ter em consideração na altura de fazer transações com alguém que desconhece, por forma a evitar ser vítima de burla.

PSP

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Ana Teresa Banha
14/08/2025 19:38 ‧ há 2 horas por Ana Teresa Banha

País

Burla

Face a situações de burla, que em altura de férias ainda podem ser mais intensas - dado arrendamento de casas ou compras de viagens -, é importante ter em mente o que pode ser feito para prevenir este crime.

 

A Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública elencou alguns conselhos para não 'cair' neste crime - ou, pelo menos, tentar evitá-lo.

Entre guardar todos os documentos possíveis, fazer uma pesquisa de forma a que possa ser detetada uma eventual burla já no 'cadastro' ou algumas ações que possam, para além de estranhas, ser determinantes, os conselhos das autoridades ficam abaixo.

O que recomenda a Polícia de Segurança Pública

  • Não faça qualquer tipo de transferência de dinheiro para pessoas que anunciam na Internet, sem que esteja certo que o anunciante é legítimo;
  • Guarde todas as trocas de e-mails, fotos e mensagens, caso o arrendamento não corra como acordado ou tenha sido vítima de burla e denuncie de imediato o crime às autoridades;
  • Após efetuar o pagamento, se o anunciante informar que não recebeu qualquer valor ou que existem problemas no seu processamento, solicitando um novo pagamento, contacte imediatamente o banco tentando perceber a veracidade da situação. Caso se verifique a existência de fraude cancele, imediatamente o pagamento já efetuado;
  • Não aceda a endereços enviados através de e-mails de outas plataformas para efetuar o negócio, pois poderá estar a ser enviada uma página falsa;
  • Solicite referências ou dados adicionais sobre os produtos à venda, os imóveis a arrendar ou genericamente o objeto do contrato (exemplos de outras fotos, em perspetivas específicas, entre outros);
  • Pesquise os dados e contactos do anunciante, pois poderá haver referências a burlas anteriores, especialmente em fóruns ou blogues temáticos;
  • Desconfie dos anúncios em que os preços são claramente abaixo do valor de mercado, ainda que tal preço tenha por base, alegadamente, um motivo válido;
  • Anúncios que perdurem no tempo têm maior probabilidade de ser verdadeiros pois, após as primeiras denúncias, a maioria dos servidores elimina os anúncios e os anunciantes;
  • Pesquise as imagens apresentadas do anúncio a fim de verificar se são verdadeiras ou retiradas de outras plataformas;
  • Desconfie dos proprietários que não disponibilizam um contacto telefónico no anúncio, que o número seja estrangeiro ou que nunca se consiga estabelecer contacto;
  • Desconfie quando o anúncio é mal redigido, ou na troca de e-mails existam erros gramaticais, de pontuação ou tempos verbais incorretos, indicativos de que foram utilizados tradutores;
  • Incoerência entre o idioma do proprietário, nacionalidade, número de telefone, país de residência e origem do IBAN, é indiciário de burla;
  • Não efetue transferências para contas bancarias estrangeiras, pois normalmente são utilizadas em esquemas fraudulentos.

Agência de viagens lesou vários em Santa Maria da Feira

Esta semana, um caso que envolve uma agência de viagens com sede em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, gerou polémica, com as autoridades a registarem já sete queixas por burla e esperando outros dezenas.

De acordo com o que explicou ao Notícias ao Minuto fonte da Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública, tudo aconteceu na terça-feira, quando clientes da agência em questão, The Travel Maker, foram até à agência para levantar os bilhetes para as viagens - já pagas - e se depararam com a sede vazia. O local estavam até "sem computadores", de acordo com o que também referiu ao Notícias ao Minuto o Comando Distrital de Aveiro da Polícia de Segurança Pública.

Mais de 30 pessoas estiveram na esquadra, mas, para já, só sete queixas foram registadas, e as mesmas seguirão para o Ministério Público.

O suspeito está também identificado e a investigação a cargo desta força de segurança.

Leia Também: Agência de viagens da Feira 'desaparece'. Já há sete queixas na PSP

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