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Marcelo preocupado com financiamento de jovens que querem estudar no país

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou terça-feira preocupação com o financiamento dos estudos dos jovens guineenses que querem estudar em Portugal.

Marcelo preocupado com financiamento de jovens que querem estudar no país
Notícias ao Minuto

06:27 - 19/05/21 por Lusa

País Guiné-Bissau

Questionado sobre o atraso na atribuição de vistos aos estudantes guineenses, Marcelo Rebelo de Sousa disse saber que o "problema existe".

"O pedido de vistos está a aumentar a ritmo acelerado. De 1.000 vistos num ano, passou para 2.000 no ano seguinte e depois para mais de 4.000, estamos em 4.600 no cálculo provisório deste ano", afirmou o Presidente português, referindo-se aos pedidos de visto de estudo solicitados apenas por guineenses.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio do Governo, em Bissau, após um encontro com o primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam.

"Mas, além disso, há uma outra questão que nos preocupa, é que os jovens acham que devem ir para Portugal, querem ir para Portugal, querem ir estudar em Portugal para a universidade e politécnicos, completar os seus estudos e depois uns quererão regressar à Guiné-Bissau, outros quererão seguir a sua profissão em Portugal ou na Europa. Simplesmente é preciso garantir que há condições de pagar os estudos", salientou.

Para o Presidente português, "não basta ter o visto, é preciso chegar-se lá e haver um enquadramento em termos de bolsas para o aumento rápido que está a haver no número de estudantes".

"Estou a falar só nos guineenses e depois há obviamente outras candidaturas de outros estados irmãos da CPLP", disse.

O Presidente português explicou também que se quer "evitar a frustração a seguir", que é a de começarem os estudos e depois não estar garantida de forma duradoura a questão do financiamento daqueles estudos.

"Começam a ter um problema, que é vão trabalhar, não completando os estudos, que tipo de atividade irão desenvolver, que não é exatamente aquela que queriam desenvolver e, portanto, isso significa que tem de se pensar muito profundamente na questão de financiamento desses estudos, que demoram anos e nós não podemos estar a criar expectativas que depois são frustradas, porque eles não vão para lá pelo turismo, vão para estudar e para se realizar profissional", afirmou.

O encontro com o primeiro-ministro guineense foi o último ponto do programa desta visita oficial de cerca de 24 horas à Guiné-Bissau.

No trajeto entre a Livraria Coimbra e o Palácio do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a encontrar uma multidão concentrada nos dois lados da estrada para o saudar, e empoleirou-se uma vez mais na porta da viatura para acenar às pessoas.

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André, acompanhou o Presidente português em todos os pontos da agenda.

O chefe de Estado deixou a Guiné-Bissau de regresso a Portugal num avião da Força Aérea Portuguesa perto das 21:00 locais (22:00 em Lisboa).

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