De acordo com a atualização da norma da Direção-Geral de Saúde (DGS) para o controlo da transmissão comunitária devem agora ser realizados rastreios regulares com testes rápidos a todos os contactos, quer sejam de alto ou risco.
Para esclarecer todas as dúvidas sobre este tipo de testes, a DECO Proteste divulgou, esta quarta-feira, um artigo sobre a matéria.
O que são testes rápidos de pesquisa de antigénio?
Segundo a associação de defesa do consumidor, os testes de pesquisa de antigénio desenvolvidos para o diagnóstico do SARS-CoV-2 "visam detetar proteínas específicas do vírus produzidas no trato respiratório". Este tipo de testes é realizado através da colheita de amostras de exsudado, normalmente, da narina, com um cotonete comprido, mais conhecido como zaragatoa.
Nestes testes, a tecnologia envolvida "é semelhante à de um teste de gravidez". "Os testes de pesquisa de antigénio podem ser realizados em pequenas séries, com baixa complexidade de execução técnica, e não implicam o recurso a um laboratório. Os resultados ficam, na maioria dos casos, disponíveis para leitura visual ou ótica no equipamento portátil no espaço de 10 e 30 minutos", é explicado.
Qual é a fiabilidade dos testes rápidos?
Os testes rápidos "são fiáveis". Contudo, sublinha a Deco Proteste, este tipo de despiste, "em princípio", tem "uma menor sensibilidade do que os testes moleculares (RT-PCR)", quando a carga viral é mais baixa. Contudo, quando a carga viral é elevada (nos dias que antecedem os sintomas e nos cinco a sete dias depois do aparecimento dos mesmos), "o potencial destes testes aumenta".
"A nova geração de testes rápidos de deteção de antigénio que se encontram registados no Infarmed apresentam desempenhos diversos, variando a sensibilidade entre 60% e 99%, com especificidades consistentemente elevadas (iguais ou superiores a 98%)", assegura a organização.
Onde são disponibilizados os testes rápidos de antigénio?
Os testes rápidos são disponibilizados nas unidades dos agrupamentos de centros de saúde (ACES) e nas unidades locais de saúde (ULS), do Serviço Nacional de Saúde, "aos utentes assintomáticos que se apresentem em consulta presencial e que consintam na sua realização".
"Os testes rápidos também podem ser feitos, mediante pagamento do utente, em estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, com registo válido na Entidade Reguladora da Saúde (ERS) – por exemplo, farmácias – desde que estas cumpram os requisitos para a realização dos testes rápidos de antigénio para SARS-CoV-2", é esclarecido.
Posso pedir para fazer um teste por minha iniciativa?
"Pode, mas não deve fazê-lo", recomenda a DECO. À partida, é possível através de uma instituição de saúde ou de um laboratório ter acesso a testes de diagnóstico à Covid-19, "onde se incluem os testes rápidos de antigénio". No entanto, a DGS desaconselha as pessoas a fazê-lo por sua alta recreação.
"Os testes de diagnóstico para a Covid-19 devem ser realizados após indicação médica e por profissionais de saúde qualificados que têm o dever de registar os resultados", é acrescentado.
Quanto custa fazer um teste rápido?
Se tiver prescrição médica do Serviço Nacional de Saúde para a realização de um teste à Covid-19, lembra a entidade, fica isento do seu pagamento. Para os restantes, de acordo com a recolha de informação feita pela DECO sobre os preços disponibilizados online entre 22 e 26 de janeiro, "o custo pode variar entre 20 e 40 euros, sendo o preço mais frequente 25 euros".
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