Parlamento açoriano aprova recomendações sobre apoios aos idosos
O parlamento açoriano aprovou hoje cinco recomendações ao executivo regional sobre apoios extraordinário aos idosos, no âmbito da pandemia de covid-19, que incluem a reativação da linha de apoio psicológico e da campanha de monitorização de bem-estar.
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País Pandemia
O projeto de resolução apresentado pelo PS mereceu o apoio unânime do parlamento açoriano, que se reuniu hoje, em sessão plenária, em formato virtual.
Entre as recomendações aprovadas, por unanimidade, estão a renovação da campanha de monitorização de bem-estar e a reativação da linha de apoio psicológico, iniciativas que foram desenvolvidas durante a primeira fase da pandemia.
Segundo a proposta, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) devem ser apoiadas através de um "instrumento financeiro" que assegure "o financiamento excecional para compensar os sobrecustos resultantes da pandemia de covid-19" e "através da constituição de equipas mistas da Saúde e da Solidariedade Social, para verificação de condições específicas de funcionamento destas estruturas, com vista à prevenção e controlo da infeção por covid-19".
Foi também recomendada a criação de "duas equipas de profissionais, nomeadamente da área de enfermagem e de apoio ao idoso, que ficarão em estado de prontidão para apoiar as IPSS e Misericórdias, em caso de surto em estrutura residencial para idosos ou na rede regional de cuidados continuados", uma medida que, anunciou hoje o vice-presidente do Governo Regional, Artur Lima, já foi implementada.
A proposta apresentada pela deputada socialista Célia Pereira mereceu o acolhimento do CDS-PP, tendo a deputada centrista Catarina Cabeceiras destacado que esta é uma "iniciativa legítima, meritória, uma preocupação comum quer ao grupo parlamentar do CDS-PP, quer à ação do Governo".
Os outros dois partidos que suportam o Governo Regional dos Açores, o PSD e o PPM, também saudaram a iniciativa. A deputada social-democrata Vânia Ferreira afirmou que "este é verdadeiramente o momento em que as bancadas que apoiam o Governo se unem e valorizam as propostas aqui apresentadas", mas levantou questões quanto à "otimização e eficiência de recursos".
"Da parte do grupo parlamentar do Partido Popular Monárquico, total apoio à iniciativa. Temos consciência de que já estão em execução, mas não invalida que o contributo do Partido Socialista não seja muito válido", defendeu o líder parlamentar do PPM, Paulo Estêvão.
O líder da bancada do Chega, Carlos Furtado, manifestou o seu apoio, afirmando que "nunca serão demais as medidas que possamos aqui aprovar para melhorar as vidas dos nossos pais e dos nossos avós".
Já o deputado único da Iniciativa Liberal, Nuno Barata, considerou necessário esclarecer algumas questões ideológicas: "o Estado, tal como nós conhecemos (...) existe, mesmo para um ultraliberal, para isso -- para proteger os mais fracos dos apetites dos mais fortes, para proteger os mais fracos por não terem capacidade de se defender".
A deputada Alexandra Manes, do Bloco de Esquerda, apoiou a iniciativa, elencando as várias dificuldades por que passa uma população cada vez mais envelhecida, e aproveitou para "realçar a importância" dos técnicos de segurança social e pessoas ao abrigo de programas ocupacionais que, "trabalhando no mesmo edifício, não ganham o mesmo que os seus colegas ganham", mas "dão o seu melhor".
Existem atualmente 501 casos positivos ativos de covid-19, sendo 438 em São Miguel, 44 na Terceira, 14 no Faial, dois no Pico, um em S. Jorge, um nas Flores e um no Corvo.
Foram detetados até hoje na região 3.486 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se 25 óbitos e 2.860 recuperações.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.159.155 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 11.305 pessoas dos 668.951 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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