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MP acusa autarca de Miranda do Douro de beneficiar empresário

O Ministério Público (MP) acusou o atual presidente da câmara de Miranda do Douro (PS) e um chefe de divisão de obras municipais de beneficiar empresário em negócio, revelou hoje Procuraria Geral Distrital (PGD) do Porto.

MP acusa autarca de Miranda do Douro de beneficiar empresário
Notícias ao Minuto

22:20 - 18/12/20 por Lusa

País Miranda do Douro

O MP acusou os dois arguidos, imputando a um deles a prática de um crime "de prevaricação em concurso com um crime de participação económica em negócio e a outro a prática de um crime de participação económica em negócio em concurso com um crime de abuso de poder".

Segundo a PGD do Porto, os arguidos são o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, e um chefe de divisão de obras municipais da mesma autarquia, "reportando-se os factos ao seu exercício funcional".

O MP explicou que em 2010, "o chefe de divisão, com o conhecimento e consentimento do presidente da câmara, abordou um comerciante / empresário com que tinha relações de proximidade pessoal, dizendo-lhe, ainda antes de qualquer procedimento de contratação, que ficaria com a venda e instalação de ar condicionado no rés - do - chão do edifício da Câmara Municipal, pelo preço que apresentasse".

Na nota da PGD, o MP referiu que o comerciante tratou logo de encomendar o material elétrico e de ar condicionado necessário à obra, o que realizou em novembro de 2010 e Janeiro de 2011.

Segundo descreve ainda a acusação, só posteriormente, em fevereiro de 2011, o chefe de divisão propôs a abertura de procedimento pré-contratual de ajuste direto propondo como entidade a contratar o dito comerciante e indicando o valor de 42 mil euros.

Mais pormenoriza que o comerciante apresentara um orçamento, em que a obra foi efetivamente adjudicada pelo valor de 41.991 euros a que acrescia a taxa de IVA, e por ele executada, proporcionando-lhe margens de lucro entre 85% e 983% no material que forneceu para instalação no edifício da câmara municipal".

O presidente da Câmara de Miranda do Douro, contado pela agência Lusa disse que as acusações que lhe são imputadas "não têm fundamento".

"Esta acusação é descabida e sem fundamento", justificou Artur Nunes.

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