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Cidadão ucraniano agredido pela PSP: "Era chapadas e bofetadas"
Valery Polosenko contou, à SIC Notícias, a sua versão dos factos. Está a decorrer uma averiguação interna.
© iStock
País Vila do Conde
O cidadão ucraniano que foi agredido por agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) contou, em declarações à SIC Notícias, a sua versão de como tudo sucedeu, em Vila do Conde, em 6 de dezembro passado. "Era chapadas, bofetadas. Ouvi os dentes a bater, quando meti lá a língua vi logo que metade dos dentes já foi à vida".
Valery Polosenko diz, ao contrário da Autoridade, que estava parado quando foi abordado e viu um "carro à frente que começou a ligar aquelas luzes todas. Olhei pela janela, quando o senhor [agente] chegou, puxou a porta e começou a abrir. Mandou-me sair do carro".
Após um teste de alcoolemia, o cidadão apresentou uma taxa crime (2,56g/l) e foi encaminhado para a esquadra onde diz ter sido agredido: "Um meteu logo as algemas, puxou-me para cima e eu pensei que me ia deslocar os ombros. E disse: 'Pensas que estás na tua terra? Vai para a tua terra. Tu aqui és um zé-ninguém, não vales nada'".
De recordar que Valery apresentou uma denúncia no dia seguinte, 7 de dezembro, alegando uso excessivo de força, estando a decorrer uma averiguação interna para "apuramento dos factos e dos contornos da ocorrência registada".
Num comunicado este sábado divulgado, a PSP revelou ainda que a detenção ocorreu à 01h38 após o veículo, que circulava sem as luzes ligadas, ter sido mandado parar. Apercebendo-se na abordagem os agentes do "comportamento" e "odor exalado", o condutor foi então submetido a teste de alcoolemia.
Após lhe ter sido dada ordem de detenção pelo crime de condução sob o efeito de álcool, pois apresentava uma taxa "superior a 1.20g/l", o condutor "tentou sair da instalação policial e reagiu de forma agressiva contra os polícias, quando foi impedido de o fazer", acrescenta a PSP, detalhando que procedeu "à sua restrição e algemagem".
Cerca das 03h45, depois de "notificado para comparecer em tribunal e demais procedimentos que decorrem da detenção", o homem "saiu livremente da instalação policial, tendo prescindido de contacto com os familiares e defensor, bem como de observação médica".
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