UE/Cimeira: Novos fundos são um "recurso único" para a diáspora
O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, disse hoje, durante uma conferência sobre a diáspora, que os fundos desbloqueados esta tarde em Bruxelas constituem "recursos únicos" que os emigrantes podem aproveitar se escolherem investir em Portugal.
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País UE/Cimeira
"Portugal nunca teve tantos recursos para executar em tão pouco tempo e fazer com que a nossa economia recupere desta pandemia e da grave crise a ela associada", disse o governante, acrescentando que o acordo hoje anunciado em Bruxelas fornece "recursos únicos" para os emigrantes que queiram investir em Portugal.
"Há uma nova fase que se abre com esta necessidade de recuperar as economias e os investidores da diáspora vão encontrar em Portugal recursos únicos que vão poder aproveitar e ter um canal dedicado para isso, particularmente os que queiram estabelecer Pequenas e Médias Empresas nas áreas da saúde, infraestruturas, setor agroalimentar, energias renováveis e mobilidade elétrica, em que temos de ser mais resilientes", elencou o governante.
Eurico Brilhante Dias falava no webinar 'Investimento da Diáspora', que decorre esta tarde em formato virtual a partir de Lisboa, e no qual o ministro dos Negócios Estrangeiros e a ministra da Coesão Territorial deram o pontapé de saída, ainda antes de o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ter anunciado na sua conta oficial na rede social Twitter um "acordo sobre o Quadro Financeiro Plurianual e o Pacote de Recuperação 'NextGenerationEU'".
"Temos de ter medidas específicas para o perfil específico do investidor da diáspora", disse a ministra Ana Abrunhosa, salientando os 18 milhões de euros captados e os 300 empregos criados ao abrigo dos programas de incentivo ao investimento da diáspora em Portugal, como o Programa Regressar, que oferece condições fiscais mais vantajosas para os emigrantes que queiram voltar ao seu país de origem e que já apoiou 2500 pessoas, num custo de 5 milhões de euros para o Estado.
"Temos um gravíssimo problema de falta de mão de obra em Portugal, e estas pessoas que vêm da diáspora, que as estatísticas dizem estar na casa dos 30 anos e metade com licenciatura, são um grupo qualificado e estão em idade de constituir família, o que ajuda a aumentar a população, que é outra das necessidades em Portugal", disse a ministra.
Por seu turno, o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva destacou que "os portugueses nos mais de 180 países onde estão têm uma força enorme, em primeiro lugar cultural, mas também linguística, institucional e económica", colocando o número de emigrantes portugueses num valor perto dos seis milhões.
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