Arguidos implicados no furto de armas da PSP conhecem decisão do Tribunal

Os 12 arguidos acusados de estarem envolvidos no furto de 55 armas 'Glock' do armeiro da direção nacional PSP, entre os quais está um agente, conhecem hoje a decisão do tribunal criminal de Lisboa.

Ministério Público acusa 12 pessoas pelo furto de armas da PSP

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Lusa
16/10/2020 06:12 ‧ 16/10/2020 por Lusa

País

Armas

O Ministério Público (MP) acusou 12 pessoas pelo furto das armas da PSP, crimes alegadamente cometidos entre dezembro de 2015 e janeiro de 2017, tendo considerado que o agente da PSP Luis Gaiba aproveitou o deficiente controlo do armeiro, do qual foi responsável, para as furtar.

Luís Gaiba, que está suspenso de funções, respondeu em julgamento por associação criminosa, tráfico e mediação de armas, branqueamento de capitais, detenção de arma proibida e peculato.

Segundo o MP, Luís Gaiba percebeu que o controlo das armas se encontrava fragilizado, que o seu registo não era atualizado e que, devido à dispersão das chaves de acesso às instalações, não havia qualquer tipo de registo de acesso ao local e aproveitou as falhas de supervisão e controlo para furtar as armas, avaliadas em cerca de 20 mil euros, e vendê-las em circuitos paralelos de tráfico de armas e droga.

Gaiba, juntamente com a sua mulher (Huesley Gaiba dos Santos) e os arguidos António Laranjinha e João Paulino, estes também arguidos no caso do furto das armas de Tancos, formaram um grupo, ao qual também pertenciam Mário Cardoso, Armando Barros e Manuel Neves.

O grupo, ainda segundo a acusação, vendeu as armas a um conjunto de pessoas que estavam acusadas de tráfico de droga em Portugal, Espanha e Reino Unido e em cujos processos foi possível apreender algumas das pistolas da polícia.

Este caso remonta a janeiro de 2017, quando foi detetado o desaparecimento de armas 'Glock' e respetivos estojos, dois carregadores e os ´kits´ de limpeza, após a apreensão de uma arma de fogo da polícia durante uma operação policial no Porto.

Em julgamento, Gaiba negou estar envolvido no furto das armas, justificando que o inventário feito pela comissária Isabel Lobo em 2017 está errado e que alguns responsáveis da PSP deviam estar no processo.

Em causa no processo estão crimes de associação criminosa, peculato, recetação, tráfico e mediação de armas, branqueamento de capitais, detenção de arma proibida e tráfico de droga.

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