Governo viabiliza construção de parque de diversões
O futuro parque de diversões do Bombarral deverá começar a ser construído em 2015, depois de obter interesse público do Governo, que autorizou a desclassificação da Reserva Agrícola Nacional, disse hoje um dos promotores.
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País Bombarral
Manuel dos Remédios afirmou à agência Lusa que os promotores estimam começar as obras no início de 2015, devendo o parque abrir portas em meados de 2016.
"Já entregámos a Avaliação Ambiental Estratégica (AIA) e já estamos a elaborar o projeto, por isso, mal a AIA esteja aprovada tencionamos entregar na câmara o projeto de arquitetura para que possa ser licenciado até ao final deste ano", explicou.
Os promotores consideraram "decisivo" para viabilizar o projeto o despacho dos Ministérios da Economia e da Agricultura, publicado em Diário da República a 31 de dezembro.
O Governo decidiu dar "relevante interesse público à instalação do Parque Temático de Diversões" no Bombarral, autorizando a desclassificação de 14 hectares de terreno da Reserva Agrícola Nacional (RAN), conforme se lê no despacho, a que a Lusa teve acesso.
No documento, o Governo fundamenta a sua decisão no facto de se tratar de um investimento superior a 50 milhões de euros e que vai criar 320 postos de trabalho, além de que a utilização de "estruturas amovíveis que não impedem uma futura utilização dos solos para fins agrícolas".
O Governo teve ainda em conta os pareceres favoráveis da Entidade Nacional da Reserva Agrícola, da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e da Direção Regional de Economia de Lisboa e Vale do Tejo, que considerou que o projeto abre uma "oportunidade ímpar de desenvolvimento da região com impacto positivo na economia nacional, através da criação de emprego, da dinamização da atividade nos setores da construção civil, hotelaria, restauração, instalações de lazer, negócios ligados a atividades turísticas, comércio e redes de transportes".
Sem a desclassificação da RAN, a câmara do Bombarral não poderia licenciar o projeto, apesar de ter dado interesse municipal e ter alterado o Plano Diretor Municipal para o efeito.
O empreendimento pertence a quatro promotores, entre eles o português e Hartley Booth, ex-ministro britânico dos governos de Margaret Thatcher.
O investimento de 53 milhões de euros, com capitais privados britânicos, deverá criar 320 postos de trabalho diretos e outros tantos indiretos.
O parque temático está previsto ser construído em 38 hectares de terrenos municipais da Quinta do Falcão, deverá atrair 500 mil visitantes e gerar receitas na ordem dos 14,5 milhões de euros por ano.
Em abril de 2013, quando o empreendimento foi anunciado, autarquia e os promotores celebraram um acordo, através do qual a câmara concessiona os terrenos por 60 anos, recebendo como contrapartidas 200 mil euros de entrada inicial, 100 mil euros de renda anual e uma receita anual de 5% sobre os lucros de exploração.
Os promotores estão confiantes que o parque, alusivo à História, vai atrair visitantes a 500 quilómetros de distância, porque, justificou Manuel dos Remédios, mesmo em contraciclo, "o país aguenta um parque desta dimensão".
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