Rui Pinto lembra Skapinakis: "Lamento não ter oportunidade de agradecer"
Pintor, que marcou mais de seis décadas da arte portuguesa contemporânea, morreu esta quarta-feira, em Lisboa, aos 89 anos.
© Global Imagens
País Nikias Skapinakis
Rui Pinto regressou, esta quinta-feira, ao Twitter para recordar Nikias Skapinakis e lembrar que o pintor se manifestou contra a prisão preventiva do hacker português: "Lamento nunca ter tido a oportunidade de lhe agradecer pessoalmente por ter subscrito a carta aberta pelo fim da minha prisão preventiva", escreveu na rede social.
"As minhas mais sentidas condolências à família e amigos de Nikias Skapinakis", acrescentou.
Skapinakis, que marcou mais de seis décadas da arte portuguesa contemporânea e fez o 'Retrato dos Críticos', morreu esta quarta-feira, em Lisboa, aos 89 anos.
De ascendência grega, Skapinakis nasceu em Lisboa, em 1931, frequentou o curso de Arquitetura, que abandonaria para se dedicar totalmente à pintura, que assumiu como "vocação, ofício e reflexão", como escreveu a historiadora de arte Raquel Henriques da Silva.
Além da pintura a óleo, como atividade dominante, dedicou-se à litografia, serigrafia e ilustração de livros. É autor de um dos painéis concebidos para o café 'A Brasileira do Chiado' (1971), em Lisboa.
Lamento nunca ter tido a oportunidade de lhe agradecer pessoalmente por ter subscrito a carta aberta pelo fim da minha prisão preventiva.As minhas mais sentidas condolências à família e amigos de Nikias Skapinakis.https://t.co/qcSkS8kWBi
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) August 27, 2020
Rui Pinto começa a ser julgado em 4 de setembro no Tribunal Central Criminal de Lisboa por 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão. O criador do Football Leaks, arrolou personalidades do desporto, da política, o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) e Edward Snowden como testemunhas.
Em setembro de 2019, o MP acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O Ministério Público (MP) opôs-se à libertação de Rui Pinto, que foi justificada pela juíza Margarida Alves com a "contínua e consistente colaboração" com a Polícia Judiciária e o "sentido crítico" do criador da plataforma Football Leaks.
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