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Covid-19: Lisboa e Vale do Tejo com "dados encorajadores" esta semana

A conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (Covid-19) contou hoje com a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, e o Subdiretor-geral da Saúde, Diogo Cruz.

Covid-19: Lisboa e Vale do Tejo com "dados encorajadores" esta semana
Notícias ao Minuto

16:00 - 22/07/20 por Melissa Lopes

País Pandemia

Conhecido o boletim epidemiológico desta quarta-feira, que dá conta de mais cinco mortes e mais 252 novos casos de infeção (85,3% em Lisboa e Vale do Tejo), a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, e o subdiretor-geral da Saúde, Diogo Cruz, fizeram o ponto de situação relativo à infeção pelo novo coronavírus em Portugal na habitual conferência de imprensa no Ministério da Saúde. 

Jamila Madeira começou a conferência a sublinhar os "dados encorajadores" na região de Lisboa e Vale do Tejo dos primeiros três dias da semana, designadamente em Sintra, "o que valoriza o trabalho intenso das equipas que estão no terreno"

A governante atualizou o número de testes, que prova que se mantém a capacidade de testagem no país. A média de testes diária no mês de julho é de 13.670, "o que confirma a tendência ascendente no mês de julho em comparação com o mês de junho.

No total, Portugal já foram realizados mais de 1 milhão e 480 mil testes à Covid-19, disse a secretária de Estado, referindo-se também ao alargamento da capacidade laboratorial que agora abrange todo o país. "Este alargamento (de 20 para 98) tem sido determinante na resposta eficaz à pandemia e será ainda este ano substancialmente reforçada com um novo investimento conforme o previsto no plano de estabilização económica e social", disse. 

Reforço do SNS. "Estamos plenamente empenhados"

Jamila Madeira reconheceu ainda que é preciso "ir mais longe" no reforço do Serviço Nacional de Saúde e sublinhou que "hoje está claro - e se para alguém houvesse dúvidas - a importância vital do investimento na saúde com impacto decisivo em todas as áreas que sustentam o nosso modelo de vida". Foi, aliás, essa a perspectiva que, ainda antes da pandemia, inspirou a nova lei de bases da saúde, vincou a governante, enaltecendo neste sentido a proposta de investimento plurianual no Ministério da Saúde que deverá estar concluído a tempo da discussão do próximo Orçamento do Estado para 2021.

"Queremos investimento de qualidade que possa fazer a diferença, num quadro de exigência orçamental que não ignoramos, valorizamos. Estamos plenamente empenhados em responder às necessidades imediatas relacionadas com a pandemia, sem nunca deixar de trabalhar nas bases daquilo que pretendemos para o SNS do futuro: um SNS moderno, sustentável, resiliente, inclusivo e apto a prestar os melhores cuidados de saúde a todos os portugueses", sublinhou. 

Cidadãos que entram sem teste negativo? "Situações absolutamente residuais"

Respondendo a questões dos jornalistas, Jamila Madeira referiu que os casos reportados de cidadãos que chegaram ao país sem terem testes negativos para a Covid-19 realizados nas 72 horas prévias ao embarque (oriundos de Angola e Moçambique, conforme noticiou o Público) foram encaminhados pelo SEF para a equipa de saúde encarregue de os realizar. 

No que toca aos cidadãos que não realizaram o teste no aeroporto, o SEF procedeu à sua identificação para posterior contacto pelas autoridades de saúde e posterior seguimento. "Aquilo que nos cabe dizer é que, de todo o modo, estes cidadãos são cidadãos que preenchem o Passenger Locator Card",  esclareceu a secretária de Estado, sublinhando, ainda assim, que se tratam de situações "residuais". "Casos absolutamente marginais e que foram encaminhados para poderem fazer os testes necessários", insistiu. 

Portugal de olho na Austrália? Pode ser um "barómetro", mas...

Referindo que o país acompanha o que se passa em todo o mundo diariamente, o subdiretor-geral de saúde realçou que a Austrália, do ponto de vista de inverno, "tem uma vantagem importante - tem inverno muito tempo antes do nosso - e, portanto, dá-nos aqui uma ideia do que é que poderá ser o nosso só por uma questão temporal (seis meses antes)".

"É naturalmente, e vai ser sempre, um barómetro, porque é um país fracamente desenvolvido, mas temos de ter aqui uma certa margem de manobra porque a Covid-19 não se está a comportar exatamente como a gripe vulgar que não há no verão", esclareceu o responsável, lembrando que a doença continua a prevalecer em vários países do mundo durante a estação quente, sendo Portugal um deles, ou, por exemplo, o estado da Flórida

Surto na Lisnave com 12 infetados

O subdiretor-geral da saúde informou que foram testados 72 funcionários que trabalham nas obras de reparação de navios, tendo 12 testado positivo para a Covid-19. Dentro do navio Atlantic Orchard, em reparação no estaleiro da empresa, a tripulação foi testada e não está infetada, adiantou. 

Há mais de uma semana, dois técnicos que se encontravam a bordo do navio Atlantic Orchard, ao serviço do armador, começaram a apresentar sintomas da Covid-19, fizeram os testes e o resultado foi positivo", disse o porta-voz da Lisnave, Humberto Bandeira.

Reforço do apelo aos jovens

Questionado sobre o facto de entre os infetados estarem cada vez mais jovens, o responsável da DGS reforçou o apelo que tem sido feito reiteradamente desde março"Está na altura de, jovens e não jovens, contribuírem para o combate a esta pandemia. Percebo a parte de que os jovens não são um grupo de risco, mas o pensamento tem de ser: 'quando me estou a proteger a mim mesmo, estou a proteger-me não só a mim, como as pessoas que habitam comigo, a minha família, amigos e, em última instância, a proteger o meu país e a fazer com que seja mais fácil o combate à pandemia'". 

Sequelas em doentes Covid-19? Existem mas é preciso aguardar

Sobre sequelas em doentes Covid-19, Diogo Cruz explicou que são os médicos a fazer esse acompanhamento dos pacientes já recuperados, confirmando terem sido reportadas algumas sequelas deste vírus. "Não sabemos a dimensão da duração delas", ressalvou. "Aquilo que nos parece neste momento é que as sequelas acontecem num número reduzido de pessoas. Não temos números. Vamos ter que esperar. Não nos podemos esquecer que esta pandemia começou em Portugal em março", afirmou, sublinhando que as sequelas imediatas são comuns em todas as infeções virais.  

Recorde aqui a conferência: 

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