Vários animais estão a ser retirados de um canil de Sobrado, em Valongo que, de acordo com a SIC Notícias, pertence à mesma proprietária de um dos abrigos ilegais da Serra da Agrela, em Santo Tirso, onde morreram carbonizados pelo menos 52 e dois gatos, na madrugada de domingo.

No local, junto à casa da mulher, estão dezenas de populares que exigem que todos os animais sejam retirados. Apesar do ambiente estar calmo, os presentes exigem justiça e explicações.

Fruto da pressão dos cidadãos e das associações de defesa dos animais, as autoridades dirigiram-se ao Sobrado para resgatar os animais que estavam numa casa abandonada e na casa da proprietária do canil de Santo Tirso onde morreram dezenas de animais.

A GNR e o veterinário municipal já entraram na habitação para retirar três cães e quatro gatos, depois de terem resgatado 16 cães de uma casa devoluta ali perto e transformada em canil, mas sem qualquer tipo de condições de higiene.

No exterior também estão vários elementos da GNR a manter a segurança.

Um canil de Gandra, no concelho de Paredes, está também cercado por populares e por um dispositivo da GNR e, pelas 21h00, ainda não existiam relatos de entrada no local.

"Precisamos de ajuda para resgatar estes cães", lê-se numa das várias publicações que estão a ser partilhadas em grupos de voluntários e associações de socorro a animais nas redes sociais.

A Lusa contactou a Câmara de Valongo, que indicou estar a acompanhar a situação, tendo já o veterinário da autarquia no local.

Já o oficial de comunicação e relações públicas do Comando Territorial do Porto, capitão Francisco Martins, confirmou que a GNR está a acompanhar a situação, remetendo para mais tarde outros pormenores.

Estas situações ocorrem depois de no fim de semana um incêndio ter consumido dois canis ilegais no concelho de Santo Tirso onde morreram 52 cães e dois gatos.

Os voluntários que decidiram entrar na casa abandonada de Valongo e rodeiam o canil de Paredes acreditam que estas instalações pertencem a familiares das proprietárias dos canis de Santo Tirso, que serão alvo de inquérito do Ministério Público, revelou hoje à Lusa a Procuradoria-Geral da República.

Também o ministro da Administração Interna determinou hoje a abertura de um inquérito à atuação da GNR e da Proteção Civil no incêndio que atingiu no sábado dois canis ilegais no concelho de Santo Tirso.

Num despacho hoje assinado, Eduardo Cabrita determina à inspetora-geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, a abertura de um inquérito "aos factos reportados, visando apurar eventuais responsabilidades".

[Notícia atualizada às 22h29]

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