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Primeiros quatro meses de 2020 com menos mortos e feridos nas estradas

Há uma "melhoria nos principais indicadores de sinistralidade", indica o relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, divulgada esta sexta-feira.

Primeiros quatro meses de 2020 com menos mortos e feridos nas estradas
Notícias ao Minuto

12:11 - 29/05/20 por Filipa Matias Pereira com Lusa

País Sinistralidade

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) publicou, esta sexta-feira, o relatório de sinistralidade e fiscalização rodoviária relativo aos quatro primeiros meses de 2020, indicando que há uma "melhoria nos principais indicadores de sinistralidade".

De acordo com os dados apurados pela ANSR, no primeiro quadrimestre deste ano, foram registados em Portugal continental 7.620 acidentes com vítimas. Destes acidentes resultaram 98 óbitos, 469 feridos graves e 8.978 feridos leves.

Indica a ANSR, em comunicado enviado às redações, que estes dados traduzem "uma melhoria nos principais indicadores de sinistralidade, comparativamente com o período homólogo de 2019". Refira-se que há menos 3.111 acidentes com vítimas (-29,0%), menos 51 vítimas mortais (-34,2%), menos 173 feridos graves (-26,9%) e menos 3.972 feridos leves (-30,7%).

A redução destes indicadores de sinistralidade está, naturalmente, relacionada com a diminuição no tráfego decorrente do Estado de Emergência que Portugal atravessou. Porém, é de salientar que, antes mesmo de a pandemia de Covid-19 ter obrigado o país a entrar em confinamento, já se notava uma redução na sinistralidade.

Entre 1 de janeiro e 18 de março, foram registados menos 438 acidentes com vítimas (-6,4%), menos 22 vítimas mortais (-22%), menos 42 feridos graves (-9,8%) e menos 550 feridos leves (-6,7%) relativamente ao período homólogo de 2019.

A ANSR detalha ainda, em relação ao período que decorreu entre 19 de março a 30 de abril, que se registaram menos 69,1% de acidentes com vítimas, menos 59,2% de vítimas mortais, menos 61,5% de feridos graves e também menos 72,5% de feridos leves.

De acordo com o mesmo documento, os indicadores da sinistralidade rodoviária referentes aos primeiros quatro meses do ano registam os valores mais baixos desde 2016.

ANSR frisa que a colisão continua a ser o tipo de acidente mais frequente, apesar do maior número de vítimas mortais ter resultado de despistes, e a maioria dos desastres nos primeiros quatro meses de ano ocorreu em arruamentos.

Cerca de metade (59,2%) do total de vítimas mortais eram condutores, seguido de peões (23,5%) e passageiros (17,3%), indica o relatório, que dá também conta que os automóveis ligeiros apresentaram, entre janeiro e abril, não só o maior número de veículos (76,8%) envolvidos em acidentes, como também a maior diminuição relativamente ao período homólogo (-32,0%).

O documento, que é divulgado mensalmente pela ANSR, indica ainda que, nos primeiros quatro meses do ano, foram fiscalizados cerca de 38,7 milhões de veículos, um aumento de 38,8% em comparação com o mesmo período de 2019.

Segundo a ANSR, nestas ações foram detetadas mais de 444 mil infrações, representando uma redução de 1% face ao ano anterior.

Portugal entrou no dia 3 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à Covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

O Governo aprovou novas medidas que entraram em vigor no dia 18 de maio, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

O regresso das cerimónias religiosas comunitárias está previsto para 30 de maio e a abertura da época balnear para 6 de junho.

[Notícia atualizada às 13h06]

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