O Ministério da Economia, em resposta a um requerimento apresentado por deputados do PS, admite que a Páginas Amarelas se encontra numa situação difícil e que só um “profundo processo de reestruturação” poderá salvá-la da insolvência, revela hoje o semanário Sol, sublinhando que 2008 foi o último ano em que a empresa, criada em 1959, deu lucro.
No passado mês de Julho, a Páginas Amarelas foi alvo de um Plano Especial de Revitalização, entregue no Tribunal do Comércio de Lisboa e, apesar de o Governo não ter qualquer intervenção no processo, o gabinete de Pires de Lima admite a necessidade de “ajustamentos”, nomeadamente ao nível dos recursos humanos.
É, por isso, inevitável que, como forma de alcançar “um patamar de sustentabilidade económica e financeira”, a empresa que emprega actualmente cerca de 240 pessoas (metade do que em 2006) seja obrigada a avançar com despedimentos.
A juntar a este facto, a Internet conduziu a uma redução dos pesados calhamaços amarelos, distribuídos porta-a-porta e que têm vindo a diminuir de grossura mas que, num futuro muito próximo, deixarão mesmo de existir. “A importância do print tem vindo a ser sucessivamente reduzida”, pelo que esta actividade “deve ser mesmo descontinuada a partir de 2015”, assume o Ministério da Economia, citado pelo Sol.
“Como é do conhecimento público, o mercado da empresa alterou-se de forma significativa nos últimos anos, vendo-se esta obrigada a reorientar a sua actividade para a comunicação multimédia”, justifica.