Vacina para o novo coronavírus "pode estar para breve"

Francisco George, diretor-geral da Saúde durante 12 anos, acredita que o desenvolvimento de uma vacina para combater o novo coronavírus chinês pode estar para mais breve do que se pensa.

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Melissa Lopes
05/02/2020 23:58 ‧ 05/02/2020 por Melissa Lopes

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Francisco George

O médico e especialista em saúde pública Francisco George quis deixar um "sinal de confiança" relativamente à epidemia do novo coronavírus chinês, que já causou mais de 500 vítimas mortais, numa altura em que o número de infectados já supera os 27 mil. Na opinião do antigo diretor-geral da saúde,  o facto de este novo vírus ter sido rapidamente identificado e sequenciado fará com que seja possível desenvolver uma vacina da forma mais rápida, em menos de dois, três meses. 

"E isso está a ser feito na China, onde há laboratórios preparados para tal, com o apoio da comunidade científica internacional", disse o médico, mostrando-se confiante de que é possível um "cerco ao vírus" com a vacina que "pode estar para breve".

É, pelo menos, "essa a linha principal de trabalho em que os cientistas, dia e noite nos laboratórios muito sofisticados e com recursos ilimitados, estão a trabalhar", frisou. 

"Estou em crer que vai ser possível na China ter uma vacina mais rápida do que se pensa mas também, dada a magnitude da epidemia, pode haver uma imunidade de grupo natural", defendeu. 

Isto é: "Aqueles que tiveram formas ligeiras já terão anticorpos para o coronavírus, e os curados também. Mais os anticorpos criados com uma vacina, podemos em breve vir a ter um cerco ao vírus e controlar a epidemia. É este rumo que os epidemologistas estão a seguir", explicou Francisco George. 

Apesar do "sinal de confiança", o especialista em saúde pública admitiu que "estamos a assistir, dia após dia, semana após semana, ao aumento descontrolado da componente ascendente da curva epidémica", que é motivo de preocupação sobretudo na China. 

Isto é, continuou, uma curva epidémica normalmente faz o desenho de uma montanha (a subida, o cume e a descida). E neste caso "ainda não chegámos ao cume, ao pico da curva epidémica", nem é possível antever quando acontecerá. 

Francisco George sinalizou também que se registou esta quarta-feira o maior registo de novos casos de infeção desde o dia 12 de dezembro, início da epidemia. 

"Os chineses estão a sofrer sobretudo na região do epicentro da epidemia, estão a sofrer pela exposição ao risco da infeção, por aqueles que morrem, mas também aqueles que estão em quarentena, que não vão ao trabalho, não vão às compras", afirmou. 

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