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"Alimentos leves" podem ajudar a travar violência nos hospitais e centros

O secretário de Estado da Saúde acredita que "medidas simples" como esta poderão ajudar a reduzir o nível de tensão entre os utentes.

"Alimentos leves" podem ajudar a travar violência nos hospitais e centros
Notícias ao Minuto

16:21 - 17/01/20 por Filipa Matias Pereira

País Violência

De um lado, médicos propõem a criminalização de agressões contra profissionais de saúde. Do outro, o Ministério da Saúde é partidário da prevenção, admitindo que não é pela repressão que se combate a violência nos hospitais e centros de saúde. A solução passará, na opinião do secretário de Estado da Saúde, entre outros aspetos, por disponibilizar salas de espera mais confortáveis e até "alimentos leves" aos utentes.

Em entrevista à antena da Renascença, António Lacerda Sales concordou com a necessidade de reforço da segurança, mas advogou que as situações de violência a profissionais de saúde não são evitadas pela repressão, mas antes pela "aposta na prevenção".

No entendimento do governante, para reduzir os níveis de tensão entre utentes e profissionais de saúde é importante a aposta em "salas de espera com bom aspeto, com televisão, com revistas e alimentos leves”. Para o secretário de Estado, estas são "soluções muitos simples, mas que ajudam a criar um ambiente de menor tensão”.

As palavras de António Lacerda Sales foram, porém, contrariadas pela médica Isabel Martins, uma das profissionais que assinou a petição 'Não à violência contra profissionais de saúde' e que marcou também presença no programa 'Em Nome da Lei' da Renascença. Para a médica, "não é com chás e bolos" que o Governo irá contrariar esta realidade de agressões.

O secretário de Estado justificou a sua afirmação, defendendo que, quando falou "em chazinhos e bolos" não o fez "como medida depreciativa". Esta medida "simples e coadjuvante" poderá ser útil para "criar um ambiente 'frendly' (amigável), de menor tensão".

Igualmente presente no espaço de entrevista esteve a bastonária dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, que apelou à priorização de outros aspetos, citando o caso do hospital de Santarém, onde há vários meses não corre água quente nas torneiras do serviço de urgências.

O caso levou o bastonário da Ordem dos Médicos a reagir. Em declarações à antena da TVI24, Miguel Guimarães defendeu que "é necessário ir a questões de fundo e adotar medidas de proteção como existem noutras partes do mundo".

Recorde-se que na terça-feira, um grupo de médicos entregou na Assembleia da República a petição 'Não à violência contra profissionais de saúde'. O objetivo passa pela criação de medidas de proteção especiais para os profissionais de saúde.

De salientar ainda que, desde o início de 2020, já foram reportados três casos de alegadas agressões a profissionais de saúde. E, de acordo com dados do Governo, até setembro de 2019, quase mil casos de violência contra estes profissonais foram registados.

Para contrariar estes indicadores, os Ministérios da Saúde e da Administração Interna anunciaram recentemente a criação de criação de um gabinete de segurança na saúde

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