Bebé sem rosto: Indícios de irregularidades na requisição de ecografias
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo divulgou esta sexta-feira as conclusões do inquérito à clínica Ecosado, informando que detetou irregularidades e que transmitiu esta e outras informações ao Ministério Público.
© iStock
País Clínica Ecosado
O inquérito à clínica Ecosado foi espoletado após o nascimento, no final do passado mês de outubro, do bebé Rodrigo, que nasceu com várias malformações graves - nomeadamente, sem olhos, sem nariz e sem parte do crânio -, em Setúbal. E, hoje, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) revelou as conclusões desse inquérito.
Avança a RTP que a ARSLVT detetou fortes indícios de utilização irregular das requisições de exames ecográficos por parte da clínica, que terá recebido requisições apesar de não ter qualquer convenção com o Serviço Nacional Saúde (SNS).
Acontece que a mãe do bebé Rodrigo fez ecografias na clínica Ecosado com credenciais do serviço de saúde público. O que levantou a questão: como era então feito o pagamento e cobrado o dinheiro ao SNS, se não existia convenção?
Ora, o que diz o inquérito da ARSLVT, que já foi enviado para o Ministério Público para eventual procedimento criminal, é que "há fortes indícios de utilização irregular das requisições de exames ecográficos por parte da clínica Ecosado".
Segundo a investigação, a clínica Ecosado, em Setúbal, "recebeu as requisições não tendo qualquer convenção com a ARSLVT".
[Notícia em atualização]
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