O Ministério Público decidiu aplicar a medida mais gravosa, prisão preventiva, a três guardas prisionais ouvidos esta quarta-feira no Tribunal de Instrução Criminal de Marco de Canaveses, no âmbito da megaoperação da PJ, mais conhecida como Entre-grade, uma operação que teve como objetivo combater o tráfico de droga no interior do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira. Além destes, ficou ainda em prisão preventiva um ex-recluso.
É de recordar que o processo foi divido em três e que houve a necessidade de ouvir primeiramente um dos casos, no qual se inserem estes dois arguidos.
Ao todo, foram detidas nove pessoas - cinco guardas prisionais, dois dos quais desempenhavam funções de chefias, um ex-recluso, e três cidadãos, designadamente familiares envolvidos no esquema que tinham na sua possa armas brancas, esclareceu ontem a PJ.
Os detidos são suspeitos de crimes de trafico de estupefacientes, de corrupção ativa e passiva e de recebimento indevido de vantagens.
A operação ocorreu sobretudo na zona norte do país, envolveu 160 operacionais da PJ e cerca de 50 operacionais do GISP, tendo decorrido de vários inquéritos que desde 2017 estão a ser investigadas pela directoria do Norte da PJ e que visam a investigação do trafico de estupefacientes no Estabelecimento Prisional de Paços de de Ferreira.