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"É uma acusação monstruosa, injusta e completamente absurda"

José Sócrates falou aos jornalistas à entrada para o quinto dia de interrogatório.

"É uma acusação monstruosa, injusta e completamente absurda"
Notícias ao Minuto

13:31 - 04/11/19 por Catarina Correia Rocha com Lusa

País Sócrates

"Venho para este interrogatório exatamente com o mesmo espírito do primeiro dia. Com vontade de repor a verdade e para que não fique desta acusação pedra sobre pedra. É uma acusação monstruosa, injusta e completamente absurda". Foram estas as palavras de José Sócrates à entrada para o quinto dia de interrogatório, em Lisboa. 

O ex-primeiro-ministro, recorde-se, vai continuar esta segunda-feira a ser ouvido pelo juiz Ivo Rosa no âmbito da Operação Marquês. Sócrates começou a ser interrogado na segunda-feira passada, a seu pedido, na instrução da Operação Marquês, quase cinco anos após ter sido detido por suspeitas de branqueamento de capitais, corrupção, fraude fiscal e falsificação de documento.

No Requerimento de Abertura de Instrução (RAI), o antigo primeiro-ministro reitera que "não cometeu qualquer crime, nem praticou os factos narrados na acusação, muitos dos quais nunca sequer ocorreram" e considera que isso está "exuberantemente demonstrado nos autos".

José Sócrates será o penúltimo arguido a ser interrogado nesta fase, estando previsto que o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva preste declarações a 27 de novembro.

A fase de instrução, que é facultativa e funciona como um mecanismo de controlo jurisdicional da acusação do Ministério Público, conclui-se com a decisão do juiz de levar ou não a julgamento os arguidos e os termos em que isso acontece.

O juiz Ivo Rosa começou a instrução no final de janeiro e pretende concluí-la um ano depois, já que o debate instrutório está marcado para os dias 27, 28, 29, 30 e 31 de janeiro.

José Sócrates esteve preso preventivamente durante dez meses e depois 42 dias em prisão domiciliária.

A Operação Marquês teve início a 19 de julho de 2013 e culminou na acusação a 28 arguidos - 19 pessoas e nove empresas - a 11 de outubro de 2017 pela prática de 188 de crimes económico-financeiros.

[Notícia atualizada às 13h41]

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