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Há mais um arguido no caso de Tancos. É um técnico da PJ Militar

Homem é suspeito de ter pactuado com outros inspetores da mesma força de investigação para encobrir a encenação da devolução das armas.

Há mais um arguido no caso de Tancos. É um técnico da PJ Militar
Notícias ao Minuto

23:58 - 04/07/19 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Polícia Judiciária

Já são 22 os suspeitos constituídos arguidos no caso referente ao roubo das armas de Tancos e posterior devolução encenada.

De acordo com informação avançada pela TVI, o 22º suspeito foi constituído arguido hoje pelo juiz de instrução criminal. Trata-se de um técnico do Laboratório de Polícia Técnica e Científica da Polícia Judiciária Militar (PJM).

Segundo a estação televisiva de Queluz, o homem é suspeito de ter pactuado com outros inspetores da PJM no que à encenação da devolução das armas roubadas diz respeito.

Recorde-se que o furto de material militar dos paióis de Tancos foi revelado a 29 de junho de 2017 e a recuperação da maior parte do material foi divulgada pela PJM, em comunicado, no dia 18 de outubro de 2017, na Chamusca, a cerca de 20 quilómetros de Tancos.

A investigação do Ministério Público sobre o aparecimento do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da PJM e da GNR.

O caso levou já à demissão do anterior ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, em 12 de outubro, invocando a necessidade de evitar que as Forças Armadas fossem prejudicadas pelo "ataque político" e as acusações de que afirmou estar a ser alvo.

O chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, pediu também a resignação, apenas dois dias depois da tomada de posse do novo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

Em 25 de setembro, a Polícia Judiciária deteve o diretor e outros três responsáveis da PJM, um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

Segundo o Ministério Público, em causa estão "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

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