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Ambientalistas querem plásticos concebidos para reutilização e reciclagem

A associação ambientalista Zero alertou hoje para a necessidade de serem tomadas medidas para que a conceção e desenho de produtos de plástico tenha em conta a necessidade de serem reutilizados e reciclados.

Ambientalistas querem plásticos concebidos para reutilização e reciclagem
Notícias ao Minuto

13:38 - 13/06/19 por Lusa

País Zero

Um dia depois da publicação no Jornal Oficial da União Europeia da diretiva europeia sobre plásticos, a Zero lembra que dos 6,3 milhões de toneladas de plástico produzidas até 2015 apenas 9% foram recicladas.

A Zero, que integra a federação europeia ECOS, dá a conhecer um estudo desta organização que sublinha que mais de 60 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente e que entre 1,15 e 2,4 milhões de toneladas entram nos oceanos a cada ano.

O estudo apresenta recomendações que pretendem ser um complemento à diretiva europeia sobre plásticos, essencialmente sobre os de uso único, diretiva que tem de ser cumprida pelos estados-membros até 03 de julho de 2021, dentro de dois anos.

Apesar de considerarem a diretiva importante, os ambientalistas sugerem medidas "fundamentais e complementares", como disse à agência Lusa Francisco Ferreira, da associação Zero.

O design dos produtos de plástico deve ser abordado tendo em conta que os produtos devem ser duráveis, recicláveis e reutilizáveis.

"É fundamental criar um quadro político coerente para garantir que os produtos e peças sejam duráveis, reparáveis e reutilizáveis", indica uma das recomendações que resulta do estudo da federação ECOS.

Os ambientalistas consideram também que "o design para reciclagem é abordado de forma desigual pela legislação existente".

Para permitir uma reciclagem de qualidade e melhores taxas de reciclagem, entendem que "é necessário um conjunto abrangente de requisitos: a constituição dos materiais e as suas combinações devem ser simplificadas, antecipando o seu eventual desmantelamento e a informação sobre as principais componentes do produto devem ser partilhadas.

Francisco Ferreira frisa que os produtos têm de ser concebidos de forma a que sejam "fáceis de reciclar".

É ainda recomendado à União Europa que estabeleça "requisitos mínimos de conteúdo reciclado", para permitir múltiplas vidas para os plásticos reciclados.

Por último, os ambientalistas pedem que seja proibida "de forma mais rápida e eficaz" a utilização de substâncias químicas perigosas nos plásticos, também como forma de "promover a circularidade" dos produtos.

"Devem existir limites muito rigorosos quanto à presença de substâncias químicas em plásticos, devendo estes fazer parte dos critérios e requisitos de qualidade para o plástico reciclado", indica a Zero.

A diretiva publicada na quarta-feira tem como objetivos "prevenir e reduzir o impacto de determinados produtos de plástico no ambiente, mais particularmente no meio aquático, e na saúde humana, bem como promover a transição para uma economia circular com modelos de negócio, produtos e materiais inovadores e sustentáveis".

A diretiva aplica-se a plástico de utilização única. No que respeita às reduções de consumo abrange copos para bebidas, incluindo as suas coberturas e tampas, e recipientes para alimentos.

Quanto às restrições de colocação no mercado, a diretiva abrange produtos como cotonetes, talheres, pratos, palhinhas, agitadores de bebidas ou recipientes para alimentos, que deverão ser proibidos.

Até 03 de julho de 2021, os Estados-Membros têm de preparar uma descrição das medidas que tiverem adotado.

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