Valdemar Alves, presidente da Câmara de Pedrógão Grande, é um dos arguidos no processo que investiga a reconstrução de casas na sequência do incêndio de 2017.
A informação é avançada pela TVI, estação que denunciou ilegalidades neste processo e tem acompanhado o caso. Até agora, refere o canal, são 46 as casas reconstruídas ilegalmente.
Ao Notícias ao Minuto, a Procuradoria-Geral da República confirma que "existe um inquérito onde se investigam irregularidades relacionadas com a reconstrução e reabilitação dos imóveis afetados pelos incêndios de Pedrógão Grande" e que a investigação em causa, que se encontra em segredo de justiça, tem neste momento 43 arguidos.
Recorde-se que no início de março, o inquérito sobre o desvio de donativos, em dinheiro e em bens materiais, destinados às vítimas do incêndio de 17 de junho de 2017, foi arquivado, não tendo sido provada a suspeita que recaía sobre o autarca.
Na altura, Valdemar Alves manifestou-se satisfeito com a decisão do Ministério Público (MP) e disse que todo o "fumo" em volta desta questão é motivado por querelas políticas.
"Isto é a prova de que se trata de uma cabala e de uma perseguição pessoal e política, pelo que estou tranquilo em todas as frentes que os meus 'amigos' me têm aberto, mas cá estamos para ir esclarecendo as autoridades judiciais caso a caso", salientou nessa ocasião o autarca, reeleito pelo PS em outubro de 2017, após ter cumprido um primeiro mandato pelo PSD.
