Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se, no domingo à noite, ao Banco Alimentar Contra a Fome naquele que foi o último dia de uma das grandes campanhas de recolha de alimentos para os mais necessitados no país.
Para Miguel Sousa Tavares, é “claro que Marcelo podia deixar de aparecer”, especialmente na noite eleitoral. Porém, sublinhou o comentador na antena da TVI, o Presidente “não conseguiu deixar de aparecer” apresentando, para o efeito, um “pretexto ridículo” que originou uma “encenação pífia”.
“No domingo de eleições, o Presidente não tem agenda, por isso, podia ter ido ao Banco Alimentar a qualquer outra hora [mas foi às 21h00] para ser o último a falar na noite eleitoral, depois do primeiro-ministro”, referiu o conceituado escritor e jornalista.
“Ele não resistiu a dar a sua opinião”, destacou Sousa Tavares, apontando tal decisão como um “tiro no pé”, até porque o Presidente “não tem necessidade disto”.
“Um Presidente não precisa de falar todos os dias sobre todas as coisas. Ele tem de escolher entre o resguardar-se e o vulgarizar-se, o banalizar-se. Senão, qualquer dia está tão desgastado que, quando o ouvirem falar, as pessoas vão dizer ‘lá vem ele outra vez’”, rematou.