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Fim da capacidade reprodutora não significa "fim de sexo satisfatório"

No mês de maio, a Sociedade Portuguesa de Ginecologia alerta para os sintomas da Síndrome Geniturinária da Menopausa.

Fim da capacidade reprodutora não significa "fim de sexo satisfatório"
Notícias ao Minuto

15:13 - 14/05/19 por Filipa Matias Pereira

País SGUM

Neste mês de maio, a Sociedade Portuguesa de Ginecologia está a promover uma campanha de sensibilização. O objetivo? Alertar as mulheres portuguesas para os sintomas associados à Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGUM).

O nome pode parecer difícil, mas os sintomas são muito comuns. Esta patologia caracteriza-se, como recorda o comunicado enviado às redações, "pela secura, prurido, irritação e ardor vaginais e ainda pela diminuição da líbido e dispareunia (dores durante o ato sexual)".

Contrariamente aos sintomas vasomotores, tais como afrontamentos e os calores, relativamente aos quais as mulheres estão mais alerta, os sintomas induzidos pela Síndrome Geniturinária da Menopausa, pese embora sejam "a segunda queixa mais frequente, são muitas vezes ignorados pelas mulheres e até pelos médicos por os considerarem uma causa natural do envelhecimento".

Dados mais recentes indicam que cerca de 2 milhões de mulheres se encontram na menopausa ou pós-menopausa. Destas, "cerca de 35% sofre de atrofia vulvovaginal, um dos sintomas mais marcantes da SGUM, sendo que apenas 7% é tratada".

Para Fernanda Geraldes, presidente da Secção de Menopausa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, “atualmente, com o aumento da esperança média de vida, a mulher passa um terço da sua vida na menopausa. A mulher de 50 anos é uma mulher ativa a nível pessoal, profissional e sexual, com filhos e pais dependentes pelo que precisa de estar bem, quer do ponto de vista físico ou psicológico".

Como realça a especialista, é também "nesta faixa etária que por vezes as mulheres iniciam um novo relacionamento afetivo e com alguma frequência estas mulheres sentem-se ansiosas e chegam mesmo a evitar o companheiro ou fecham-se a novos relacionamentos porque têm receio que a sexualidade não seja satisfatória e possa comprometer a relação”.

É, pois, importante que "as mulheres invistam em si próprias, mas é igualmente importante que os médicos tenham a perceção de que a sociedade está em permanente mudança. É fundamental que exista uma atitude mais pró-ativa por parte do médico, que deve questionar a doente acerca da secura vaginal, da urgência miccional, da sexualidade e acabar com o mito de que o fim da capacidade reprodutora é sinónimo do fim de uma sexualidade satisfatória. É necessário criar condições para que este paradigma não se verifique disponibilizando um tratamento adequado”.

A propósito do tema, recorde a entrevista de Fernanda Geraldes ao Notícias ao Minuto.

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