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A nova vida do forte de Peniche e a memória da ditadura é notícia lá fora

Nas páginas do The Guardian realça-se que, em Portugal, tal como em Espanha, a memória da ditadura ainda se faz sentir.

A nova vida do forte de Peniche e a memória da ditadura é notícia lá fora
Notícias ao Minuto

08:15 - 04/04/19 por Pedro Filipe Pina

País Imprensa

Foi uma das mais reconhecidas prisões da ditadura de Salazar, onde mais de 2.500 pessoas passaram durante o regime autoritário do Estado Novo, que durante 48 anos vigorou em Portugal.

Falamos do Forte de Peniche, monumento que foi cadeia histórica e que tem estado em obras de requalificação. Encerrado desde 20 de novembro de 2017 para este projeto, reabre este mês, a 27 de abril, quando se assinalaram 45 anos desde o seu encerramento.

A fortaleza chegou a estar para ser vendida e transformada em unidade hoteleira, mas a alienação foi travada pelos protestos encabeçados pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP). Por estes dias, este espaço centenário de Peniche foi destaque no The Guardian, que realça que o local onde esteve gente por pensar de forma diferente do regime será agora um museu dedicado à resistência e liberdade.

Domingos Abrantes, antigo militante comunista e opositor ao regime, que hoje em dia é conselheiro de Estado, falou ao jornal britânico sobre as memórias de Peniche, ele que passou 12 anos preso sob a ditadura, nove desses anos na histórica cadeia. "As pessoas costumavam dizer que era a pior das prisões fascistas". 

O forte de Peniche, que esteve para ser mais um espaço hoteleiro, virou aposta concreta. Um local para recordar, como noutros espaços no país (e fora dele, como no Tarrafal, em Cabo Verde) se recorda a repressão da liberdade no tempo do Estado Novo.

Paula Araújo da Silva, diretora-geral do Património Cultura, realça a importância da iniciativa para o futuro. "Para nós, esta é uma maneira de mostrar às gerações mais novas o que er o país sob o fascismo".

"Queremos que seja uma lição para as crianças. Queremos que as escolas venham cá e vejam o que havia aqui. Para que não volte a acontecer", realçou.

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