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Paulo Rangel entende que a UE e Bruxelas não tiveram culpa no Brexit

O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel considerou hoje que a União Europeia (UE) e Bruxelas não têm culpa nenhuma na saída do Reino Unido da UE, responsabilizando os descontentes com a globalização pelo Brexit.

Paulo Rangel entende que a UE e Bruxelas não tiveram culpa no Brexit
Notícias ao Minuto

16:25 - 15/03/19 por Lusa

País Reino Unido

"Estes problemas não são europeus, não são, e o Brexit é a melhor prova disso. Os Estados Unidos da América (EUA) estão com um problema de quê, de democracia liberal, o Brasil está com um problema de quê, de democracia liberal, e a culpa é da UE e de Bruxelas", questionou o social-democrata na conferência 'A Europa e o Presente', organizada pelo jornal Público, no Porto.

Reafirmando não haver culpa europeia no Brexit, Paulo Rangel considerou estarmos a assistir a uma mudança que afeta todas as democracias liberais por força da "globalização e digitalização".

O eurodeputado salientou que a globalização e a digitalização criaram uma classe infoexcluída e outra infoincluída, estando essas em tensão e foi isso, na sua opinião, que levou primeiro ao Brexit.

"São os que estão descontentes com a globalização que fizeram isto, o que, depois, levou ao Trump [Presidente dos EUA] e, posteriormente, criou algum feedback na UE", disse.

Paulo Rangel considerou que o Brexit é reflexo disso porque o Reino Unido era o país que menos razões de queixas tinha da UE dado ter o melhor dos "dois mundos", ou seja, tinha as coisas boas e procurava não ter as coisas más.

Uma das razões apontadas pelo social-democrata para o facto de o Reino Unido não estar preparado para sair da UE prende-se precisamente com o facto de gostar de ter um "pé dentro e outro fora da UE".

O eurodeputado realçou que se criou nas pessoas a expectativa, e as redes sociais contribuiram para isso, de que podemos decidir tudo diretamente, frisando que quando se decide diretamente está a defender-se os próprios interesses e não o interesse geral, classificando esta situação como uma "democracia de paixões e não de razões".

Na terça-feira, o parlamento britânico voltou a chumbar o Acordo de Saída do Reino Unido da UE (com 391 votos contra e 242 votos a favor), decisão que surge após reuniões de última hora entre a primeira-ministra britânica, Theresa May, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em Estrasburgo, França, onde decorre uma sessão plenária do Parlamento Europeu.

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