"Graças a Neto de Moura, nunca se falou tanto em violência doméstica"

Os acórdãos polémicos assinados por Neto de Moura e que dizem respeito a processos de violência doméstica têm dado que falar. O mais recente, noticiado na última semana, gerou uma onda de indignação, nunca antes vista, contra o juiz-desembargador. “É bem-feita”, atira Miguel Sousa Tavares.

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Patrícia Martins Carvalho
04/03/2019 20:47 ‧ 04/03/2019 por Patrícia Martins Carvalho

País

Sousa Tavares

O tema incontornável da última semana é o juiz Neto de Moura ou, mais precisamente, os acórdãos por si assinados que tendem a minorizar o crime de violência doméstica.

Para Miguel Sousa Tavares, o “erro imperdoável do juiz foi que ele confundiu a lei com as suas opiniões”, como se se esquecesse que está “obrigado a cumprir a lei e não as suas opiniões” até porque, sublinhou o escritor, ele é “julgador, não é legislador” e, por isso, “deve obediência à lei, goste ou não dela”.

Confessando que considera as opiniões de Neto de Moura “aberrantes”, o comentador da TVI afirmou que o juiz “está a ser destratado e justamente destratado” pela opinião pública e nem se devia queixar, afinal “fê-lo com a corda com que foi enforcado”.

Mas nem tudo é mau, como o escritor fez questão de sublinhar. “Graças a ele nunca a causa da violência sobre as mulheres se tornou tão popular”, apontou, indicando que o magistrado colocou o tema na “agenda do dia das pessoas comuns”.

Ainda sobre o tema, mas na perspetiva de todos aqueles que Neto de Moura pretende processar por terem atentado contra a sua dignidade pessoal e profissional, Sousa Tavares não tem dúvidas: “Demonstrando que não há arma mais temível do que o humor inteligente, Ricardo Araújo Pereira enforcou o juiz em praça pública e, por mais processos que ponha às pessoas nada vai compensar: ontem houve dois milhões de pessoas que se riram à custa dele [Neto de Moura] e isso é inultrapassável”.

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