Presidente da República lamenta morte de jornalista fundador do Público
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte de José Queirós, jornalista fundador do jornal Público, ao qual estava ligado por laços de amizade desde os tempos do Expresso.
© Reuters
País Marcelo
Numa mensagem publicada hoje no site oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa endereçou "os mais sentidos pêsames" à família de José Queirós, cuja carreira com mais de 30 anos começou no jornal "O Primeiro de Janeiro".
Na nota, o jornalista que morreu hoje aos 67 anos de idade, é lembrado como alguém apaixonado pela profissão, culto, rigoroso nos valores e amigo do seu amigo.
O jornalista José Queirós nasceu no Porto, em 1951, e foi um membro particularmente ativo na conceção e do jornal Público, tendo integrado, em 1990, a direção fundadora do diário e assumindo, nos primeiros anos do diário, a responsabilidade do caderno Local Porto.
Voltaria a assumir um cargo de direção (diretor-adjunto) no fim da década de 90, sempre a partir do Porto, onde se estreou como estagiário no diário O Primeiro de Janeiro, em 1977.
Na década de 80, José Queirós foi responsável por organizar a delegação do Porto do jornal Expresso.
Em 2002, Queirós integrou, como chefe de redação, o Jornal de Notícias, de onde saiu em 2008.
Dois anos mais tarde, regressaria ao Público como provedor do leitor, "de longe o mais consensual e o melhor", segundo descreveu à Lusa o atual diretor do jornal, Manuel Carvalho.
"Expunha as falhas com uma clareza que nenhum jornalista tinha capacidade de rebater", observou.
Na sua última crónica como Provedor do Leitor, a 24 de fevereiro de 2012, defendia que devia "ser atribuída ao jornalismo de investigação uma prioridade editorial", especificando estar a referir-se a um "trabalho de investigação original, independente, minucioso, eticamente sustentado e determinado pelo interesse público".
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