Educação precisa de relações humanas, não de "fetichismo tecnológico"

O ex-ministro da Educação David Justino defendeu hoje que a educação deve "contrariar o fetichismo tecnológico" e rejeitar a tecnologia como "solução mágica" para tudo, contrapondo que deve continuar "assente em relação humanas".

Notícia

© Global Imagens

Lusa
30/01/2019 21:25 ‧ 30/01/2019 por Lusa

País

David Justino

Numa intervenção na conferência do Conselho Nacional de Educação (CNE) -- ao qual também já presidiu -- dedicada ao tema "A Educação e os desafios do Futuro", que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o ex-ministro David Justino defendeu que o ensino e as aprendizagens devem continuar "assentes em relações humanas", contrariando o crescente peso das máquinas e das tecnologias, e questionou se esquecer as relações humanas permite formar "gente bem formada".

"Há um exagero, uma obsessão com a tecnologia", disse.

O grande impacto que David Justino espera que o futuro traga para a educação está nas neurociências e da importância que terá para o processo de aprendizagem quando for possível compreender como é que o cérebro aprende.

"As evoluções disruptivas virão deste setor", afirmou o também ex-presidente do CNE que depois confessou à plateia a sua, por vezes, "visão excessivamente conservadora em relação à escola" que o levam a rejeitar soluções disruptivas e utopias.

"Gosto de utopias para me questionarem, mas ai se me deixam ficar aprisionado a elas", declarou Justino, que defendeu o "papel clássico" da escola, seja na passagem de conhecimento, "no legado de gerações" que a escola deve transmitir, seja no estímulo do pensamento crítico, do permanente questionar do adquirido e de fornecer ferramentas para saber lidar com "problemas fora da caixa", que serão uma constante.

Para David Justino, que começou a sua intervenção com a pergunta "E se tudo muda, porque não muda a escola?", acabou a responder que entre "uma escola nova" ou "uma escola que se renova", prefere a segunda.

 

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas