Esta transferência resulta de um acordo de cedência assinado ao início desta tarde entre o município de Odivelas, do distrito de Lisboa, e o Ministério da Defesa, proprietária deste monumento.
O Mosteiro de São Dinis e São Bernardo, mais conhecido como Mosteiro de Odivelas foi construído em 1310, encontrando-se no seu interior o túmulo do rei D.Dinis.
Nas instalações do Mosteiro de São Dinis funcionou, até ao fim do ano letivo de 2014/2015, o Instituto de Odivelas, propriedade do Ministério da Defesa, tendo depois sido transferido para Lisboa.
O acordo de cedência tem um prazo de 50 anos e implica um investimento previsto, por parte da Câmara de Odivelas, de cerca de 16 milhões de euros em obras de requalificação, bem como o pagamento de uma renda mensal de 23 mil euros, anualmente atualizável.
"O município fez aquilo que lhe competia que era assumir a sua responsabilidade para gerir e conduzir os destinos do Mosteiro. É um monumento identitário dos odivelenses, da nossa história e do nosso passado. Não podíamos deixar escapar esta oportunidade", justificou aos jornalistas o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins (PS).
O autarca explicou que a gestão do Mosteiro vai permitir à autarquia "salvaguardar este monumento e colocá-lo à disposição da população", adiantando que irá ser lançada uma consulta pública para acolher propostas para o local.
No entanto, Hugo Martins ressalvou que estão já pensados alguns projetos para o Mosteiro e para os terrenos adjacentes, nomeadamente a criação de um Centro Interpretativo e de um "grande" Parque Urbano.
Ainda sobre o Mosteiro, o autarca de Odivelas referiu que cerca de 80% dos 170 azulejos do século XVII que tinham sido dali furtados, em dezembro, já foram recuperados.
Hugo Martins adiantou ainda que, a partir de hoje, a Câmara de Odivelas vai reforçar a vigilância do Mosteiro para prevenir novos roubos.
A cerimónia de transferência de gestão do Mosteiro de Odivelas para a Câmara contou com a presença da secretária de Estado da Defesa, Ana Santos Pinto.