Maior acidente aéreo da SATA, nos Açores, foi há 19 anos. Recorda-se?
Desastre aéreo com avião da SATA deixou marcas na população que nunca esquecerá o dia 11 de dezembro de 1999. Recorda-se?
© Reprodução/RTP Açores
País Efeméride
Há 19 anos, neste mesmo dia, o voo 530 da companhia aérea SATA, que fazia a ligação Ponta Delgada – Horta – Flores embateu no morro Pelado, ao lado do Pico da Esperança, na ilha de São Jorge.
Não houve sobreviventes entre os 35 ocupantes, dos quais quatro eram tripulantes e os restantes passageiros.
Naquele sábado, dia 11 de dezembro, “chovia imenso e o vento soprava a mais de 100 quilómetros por hora”, lembrou o jornalista Vítor Alves, da RTP Açores, o primeiro profissional a chegar ao local, com um operador de câmara.
O avião encontrava-se numa ravina, no interior de um monte, no Pico da Esperança, um local de muito difícil acesso, conforme relatou quem lá esteve.
“Para subir o monte (Monte Pelado) não conseguíamos andar de pé. Fomos a gatinhar até à sua vertente contrária, onde havia a ravina e se tinha avistado o avião, por indicação de um pastor”, disse o jornalista, em 2016, em declarações à agência Lusa.
O jornalista recordou que na descida com o operador de câmara começaram por encontrar primeiro papéis, depois roupas, metal, o motor do avião, corpos e, finalmente, o resto da fuselagem num cenário que classifica de “indescritível” e onde andou a trabalhar 48 horas até à exaustão.
Rui Bettencourt tinha apenas 20 anos quando foi chamado, já na qualidade de operacional, ao local do acidente e, volvidas quase duas décadas, o acidente ainda está “bem presente” e “marcou” a vida do concelho das Velas. Na opinião deste bombeiro, “nunca ninguém tinha imaginado um cenário dantesco daqueles”.
Recorde, na reportagem abaixo, o filme dos acontecimentos e os relatos dos envolvidos na operação de resgate e a angústia dos familiares naquele que foi o maior acidente aéreo desta transportadora aérea.
Carlos César, na altura presidente do Governo Regional dos Açores, lembra, esta terça-feira, o "acontecimento terrível". "Para os que faleceram e para os seus familiares e amigos. Momentos que partilhei, minuto a minuto, durante os vários dias em que recuperámos os corpos, apoiámos as famílias e enterrámos dignamente os mortos. Que não se repita!".
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