Uma declaração em tribunal, onde apenas se pode dizer a verdade e nada mais do que isso, fez com que o comandante-geral Newton Parreira instaurasse um inquérito interno ao tenente-coronel Medina Silva, depois de este ter dito que a GNR carecia de treino de tiro e de as suas palavras terem sido publicadas na imprensa.
De acordo com o Jornal de Notícias, em Abril novas declarações de Medina, desta vez à imprensa, irritaram Parreira. O tenente deu a conhecer a indignação de alguns coronéis da GNR face à não promoção à patente de major-general e Parreira voltou a não gostar do que leu na imprensa. Conclusão: deu ordem para um “processo disciplinar adequado” contra o tenente.
Medina da Silva sai em sua própria defesa dizendo não ter culpa de que as suas declarações em tribunal tenham sido publicadas na imprensa e que apenas reproduziu a opinião dos associados.
Agora os papéis invertem-se e o tenente vai apresentar no Ministério Público uma queixa-crime contra o comandante da GNR por “abuso do poder” e “perseguição por delito de opinião”.
Do seu lado, escreve o Jornal de Notícias, tem mais de cem testemunhas, entre elas alguns polícias e autarcas.