Optometristas “profundamente indignados" com normas ignoradas em rastreio
Em causa está a falta de optometristas nos centros de saúde.
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País APLO
De acordo com a Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), nos rastreios visuais a realizar a crianças de dois e quatro anos propostos pela Direção-Geral de Saúde são ignoradas as recomendações da Organização Mundial de Saúde para a ambliopia e erros refrativos. Em causa está o facto de, de acordo com a circular normativa alvo de objeção por parte da Associação, “não se implementarem cuidados primários para a saúde da visão de proximidade e na comunidade, com recurso a optometristas nos centros de saúde”. A APLO está, por isso, “profundamente indignada”, refere o comunicado enviado à redação do Notícias ao Minuto.
Aliás, esta medida, defendem os profissionais, “irá contribuir para o agravamento da situação atual das listas de espera de Oftalmologia, colocando em risco a saúde das crianças”. Para lá disso, a medida “é também contrária ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde e pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira que sugerem a integração dos optometristas nos centros de saúde como o profissionais responsáveis pelos cuidados primários para a saúde da visão”, denuncia Raúl Sousa, presidente da APLO.
A Associação lamenta ainda que “o processo para a elaboração da Estratégia Nacional para a Saúde da Visão, que esteve em discussão pública em julho deste ano, tenha ignorado os contributos públicos apresentados sendo pouco transparente e uma completa manobra de ilusão”.
A APLO defende que a integração de optometristas no Serviço Nacional de Saúde é a solução para resolver o problema crónico na lista de espera de Oftalmologia e para melhorar o acesso de todos os portugueses aos cuidados necessários para a saúde da visão.
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