Cabo Verde desceu dois lugares no índice de Liberdade de Imprensa

Cabo Verde desceu dois lugares no Índice da Liberdade de Imprensa da organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras hoje divulgado e que regista um "recuou da liberdade de imprensa" pela primeira vez desde a década de 90.

Jornalistas cabo-verdianos contestam proposta de Código de Ética na rádio e televisão públicas

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Lusa
25/04/2018 12:53 ‧ 25/04/2018 por Lusa

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Em 180 países, Cabo Verde caiu da posição 27 para a 29 no índice de 2018, depois de no relatório do ano anterior ter subido quatro posições, com uma pontuação global de 18.02 (+2.37 do que em 2017).

"Desde a liberalização da imprensa nos anos 1990, Cabo Verde tem vivido, pela primeira vez, um recuo da liberdade de imprensa", refere o texto que acompanha o índice, assinalando as dificuldades dos órgãos de comunicação privados.

"Um dos jornais mais emblemáticos interrompeu as suas publicações em formato impresso para dedicar-se ao seu site na Internet. Os media independentes têm dificuldade em se emancipar devido às magras receitas publicitárias e subvenções do Estado", acrescenta.

Os Repórteres Sem Fronteira (RSF) reafirmam que "o país se distingue pela ausência de ataques contra jornalistas e uma grande liberdade de imprensa, garantida pela Constituição".

Assinala que grande parte dos média pertence ao Estado, nomeadamente a principal rede de televisão (TCV) e a Rádio Nacional de Cabo Verde, mas ressalta que os seus conteúdos não são controlados.

Globalmente, Cabo Verde é o segundo país lusófono melhor classificado no índice, apenas superado por Portugal, que subiu para a 14ª posição em 2018.

A organização RSF divulgou hoje o relatório anual intitulado "Classificação Mundial Da Liberdade de Imprensa 2018", no qual advertiu para o aumento de "um sentimento de ódio dirigido aos jornalistas"

O documento denuncia também a "hostilidade contra os meios de comunicação, encorajada por políticos e pela vontade de regimes autoritários de exportar a sua visão do jornalismo", que considera "ameaças à democracia".

"Cada vez mais chefes de Estado democraticamente eleitos consideram a imprensa não como um fundamento essencial da democracia, mas como um adversário contra o qual demonstram abertamente aversão", regista o documento, dando o exemplo dos Estados Unidos, onde o Presidente Donald Trump "qualifica sistematicamente repórteres como inimigos do povo, uma expressão anteriormente utilizada por Jose Estaline".

 

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