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Síria: Projeto de resolução dos EUA tem "elementos inaceitáveis"
O embaixador da Rússia junto da Organização das Nações Unidas (ONU) considerou que o projeto de resolução proposto pelos EUA, na segunda-feira, para criar um mecanismo de investigação sobre a Síria contém "elementos inaceitáveis", que tornam as coisas "piores.
© iStock
Mundo Rússia
O representante de Moscovo na ONU, Vassily Nebenzia, interrogado à saída de uma reunião do Conselho de Segurança sobre o alegado ataque com armas químicas, feito no sábado, em Douma, para saber se os EUA estavam mais com uma ótica diplomática do que militar, respondeu: "Receio que já não queiram a opção militar, porque é muito perigosa".
É "perigosa não apenas para a Síria, mas também para o mundo (...), a paz e a segurança internacional", especificou.
O projeto de texto dos EUA, obtido pela AFP, prevê criar um novo "mecanismo de inquérito independente da ONU" (UNIMI) sobre o recurso a armas químicas na Síria.
Este novo instrumento de investigação da ONU teria um mandato inicial de um ano, renovável.
A ONU já não tem organismo de inquérito dedicado aos ataques químicos na Síria desde o desaparecimento, no final de 2017, do JIM, um grupo da ONU e OIAC (Organização para a Interdição de Armas Químicas), cujo mandato não foi renovado devido a vários vetos russos.
No texto norte-americano figuram as condenações do regime sírio depois do alegado ataque com armas químicas, realizado no sábado, em Douma, na região da Ghouta oriental, perto de Damasco, que provocou dezenas de vítimas mortais. O projeto prevê que os responsáveis "do recurso às armas químicas devem prestar contas".
A Federação Russa desmentiu qualquer utilização pelo regime sírio de armas químicas no sábado e repetiu hoje no Conselho de Segurança que não há qualquer prova -- "testemunhos", "corpos" "substâncias químicas nas amostras de solo" -- que apoie as afirmações da existência de um recurso a substâncias químicas.
Segundo os Capacetes Brancos e a organização não governamental médica Syrian American Medical Society, mais de 40 pessoas pereceram no ataque em Doume e centenas sofreram "dificuldades respiratórias".
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