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Assassino de Maëlys explica morte da menina com bofetada na cara

O cidadão francês formalmente acusado do homicídio da menina luso-descendente Maëlys, em França, no Verão passado, atribuiu a morte a uma bofetada que lhe deu quando ela entrou em pânico dentro da viatura, indicaram hoje fontes concordantes.

Assassino de Maëlys explica morte da menina com bofetada na cara
Notícias ao Minuto

20:15 - 06/04/18 por Lusa

Mundo França

De acordo com a versão que o ex-treinador de cães do exército Nordahl Lelandais, de 35 anos, partilhou na sua audição pelos juízes de instrução a 19 de março, a criança de oito anos, desaparecida durante uma festa de casamento no fim de agosto em Pont-de-Beauvoisin, no centro-leste de França, entrou no carro para ir ver os cães de Lelandais, segundo uma fonte próxima do inquérito.

Mas no caminho, a criança terá entrado em pânico e pedido para voltarem para trás, aos gritos, e Nordahl Lelandais disse ter então "dado uma bofetada com as costas da mão, violenta, na cara" da menina, sentada à sua direita, no lugar do pendura, enquanto ele conduzia, relatou a mesma fonte.

Vendo a criança desmaiada, parou e, ao tomar-lhe o pulso, "constatou que ela já não respirava", prosseguiu a fonte.

"Depositou-a", então, no barracão perto da casa dos seus pais, onde reside, em Domessin, "livrou-se dos seus calções manchados de sangue e regressou ao casamento", acrescentou.

No início deste caso, Lelandais afirmou que se tinha desfeito das suas roupas, nunca encontradas, porque estavam manchadas com vinho.

Mais tarde, na mesma noite, enquanto a família da criança começava a procurá-la, o homem disse ter voltado ao barracão para ir buscar o corpo e levá-lo para o local onde acabou por levar os investigadores, quase seis meses depois, a 14 de fevereiro, nos desfiladeiros íngremes do maciço de Chartreuse.

"Esta versão é audível, as investigações prosseguem", declarou à agência de notícias francesa AFP uma outra fonte próxima do caso, sem se pronunciar sobre "se dar uma bofetada, ainda que forte, a uma criança pode matá-la".

Quanto à fratura do maxilar superior identificada nos ossos da menina, "ela pode ter sido originada por uma pancada ou um impacto violento".

Para a primeira fonte, Nordahl Lelandais "está a tentar argumentar que o ato de violência causou a morte sem intenção de o fazer", "a mesma estratégia" que no caso da morte de Arthur Noyer, o jovem militar com quem o suspeito afirma ter lutado e ter-lhe dado uma pancada que provocou uma queda fatal, em abril de 2017.

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