As chuvas ácidas estão a destruir lentamente monumentos antigos e templos de valor incalculável no México. A chuva, causada pela poluição, pode levar à destruição completa de algumas inscrições da civilização Maia durante os próximos 100 anos.
Os especialistas alertam que a chuva pode fazer desaparecer por completo alguns dos patrimónios mais preciosos do país, alguns dos quais com cerca de 4.000 anos.
"No espaço de 100 anos podemos perder todas as inscrições, os escritos na parede e os pilares", explicou Pablo Sanchez, do Centro de Estudos Atmosféricos da Universidade Autónoma do México, citado pelo Daily Mail.
Os danos ocorrem porque as ruínas Maia são construídas a partir de calcário, que contém carbonato de cálcio, que é dissolvido rapidamente em caso de chuva ácida. Essa chuva ocorre quando a poluição se mistura com as nuvens e faz diminuir o nível de pH da água quando cai.
A Cidade do México tem lutado contra a poluição há décadas e foi listada como a cidade mais poluída do mundo em 1992.
Agora, os especialistas lutam para tentar encontrar uma solução, pois não podem cobrir a pedra calcária com película protetora .
"A pedra calcária tem de respirar, absorver humidade e água e se a cobrirmos com uma camada que a sele, isso vai acelerar a sua erosão", elucidou Pablo.
Segundo cientistas disseram à imprensa local, a poluição que provoca as chuvas ácidas pode não ter origem no país, como consegue viajar milhares de quilómetros, não se consegue saber exatamente a sua origem.
A civilização Maia terá começado algures em 1800 a.C. e durou até 1697 quando foram conquistados pelos invasores espanhóis.
O México recebeu mais de 11,4 milhões de turistas em 2017 e os templos maias são uma das maiores atrações turísticas do país.